Mercado

Conjuntura política beneficia negócios

Ao contrário do que ocorreu em eleições anteriores, o ano eleitoral não teve reflexo negativo sobre as operações de fusões e aquisições e as empresas mantiveram seus planos de expansão. De acordo com o relatório divulgado ontem pela PricewaterhouseCoopers (PwC), nos primeiros nove meses de 2006 foram realizadas 386 transações, o que representa um aumento de 46% no número de negócios em relação ao mesmo período do ano passado.

“Com um cenário político-econômico mais estável o caminho está livre para investimentos de longo prazo, como por exemplo, fusões e aquisições”, comentou Raul Beer, sócio da PwC. “Em 2002 havia o medo do que aquelas eleições iriam representar na economia do país.””O mercado de fusões e aquisições praticamente parou”, relembra o sócio-diretor da Brasilpar, Marco Serra.Os especialistas constatam que hoje há uma concordância no mercado de que a economia está bem e cresce, apesar de ainda não ser no ritmo esperado.

Segundo os dados da PwC, as transações de grande porte envolvendo a troca de controle marcaram os nove primeiros meses de 2006. Elas representaram mais da metade dos negócios, com um total de 203 transações. O setor de alimentos foi o destaque do período com 11% do total de negócios, sendo que as usinas de açúcar e álcool responderam por 33% das transações. O setor de Tecnologia da Informação, principalmente os segmentos de Software e de Conteúdo de Internet, respondeu por 10% das operações.

Das 264 transações envolvendo controle e compra de participação minoritária, 45% foram lideradas por estrangeiros. Entre eles, os europeus foram os que mostraram mais apetite.

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