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Como saber se uma usina bioenergética é Usina 4.0 de verdade

Durante benchmarking com nove representantes industriais de usinas, especialista de aplicação apresenta quais são as condições concretas que fazem de uma planta industrial uma verdadeira Usina 4.0

Mariani, da Soteica
Mariani, da Soteica

O termo Usina 4.0 está em alta no universo das usinas bioenergéticas. O que desperta alto interesse das unidades produtoras. Mas há um perigo no processo de escolha por parte dos tomadores de decisão das usinas: adquirir uma ferramenta que garante abranger todos os requisitos da indústria 4.0, mas que não entrega os resultados esperados na prática.

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Em busca de desmistificar o termo Usina 4.0 e pontuar o que algoritmos inteligentes realmente devem fazer em processos industriais, Douglas Mariani, engenheiro químico sênior, especialista de aplicação da Soteica fez uma apresentação durante o 6º SINATUB Custos, Perdas e Gestão Industrial Inteligente, realizado dia, 17/8, durante a 28ª edição da FENASUCRO & AGROCANA.

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Durante um benchmarking que envolveu nove representantes da área industrial de usinas que estão enquadradas como Usina 4.0 e para uma plateia de quase cem pessoas, Mariani iniciou sua abordagem informando que as perguntas iniciais básicas para avaliar o uso de inteligência artificial em processos industriais são: como é que opero minha planta? Quem define meu set point? Com base em que? “Baseados nessas e em outras questões é que nós da Soteica, por exemplo, podemos fazer acontecer, sem desprezar nenhuma informação, buscando adequar o projeto dentro da realidade da usina”, indicou o especialista de aplicação.

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“Ser Usina 4.0 de verdade é você saber qual que é a sua matéria-prima que está processando, como é que eu vou tratar ela, qual é o meu dado laboratorial, trabalhando com a informação e trazendo informação ali para o dia a dia, integrando e sabendo a eficiência do equipamento. É tomar uma decisão global, olhando o local”, explicou Mariani.

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O engenheiro químico sênior, especialista de aplicação da Soteica, também apresentou como funciona o procedimento de Otimização do S-PAA, que é uma inteligência que controla plantas inteiras de processos contínuos que integra e entrega as respostas de todos os requisitos levantados por ele anteriormente. Trata-se, segundo ele, de uma tecnologia única no mundo, que integra oito das dez principais tecnologias da Indústria 4.0.

“O S-PAA é uma ferramenta de modelagem fenomenológica dos equipamentos Industriais, que usa termodinâmica aplicada aliada a técnicas de reconciliação de dados levando a medidores virtuais mais precisas, garantindo a precisão do balanço de massa e de energia. O resultado desse modelo matemático representativo passa por um Algoritmo Genético Híbrido de otimização e sua entrega nos set-points de controle se utilizam de logica fuzzy aplicada. Congregando todos os pilares da indústria 4.0 em uma única ferramenta”, explica Mariani.

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Outro fator que merece destaque é que é uma tecnologia brasileira, que foi desenvolvida nas usinas brasileiras. Características que fazem da ferramenta o futuro da indústria hoje. Há ainda vários detalhes abordados por Mariani, que inclusive falou sobre as dificuldades que os representantes das usinas presentes no evento tiveram durante o processo de implementação e as soluções encontradas. Para conferir a apresentação completa, assista ao vídeo abaixo.

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