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Começa a temporada. Com etanol brasileiro

A Fórmula Indy começa sua temporada hoje, com o GP de São Petersburgo (pista de rua na Flórida, às 15h30, com BandSports), sob efeitos da crise econômica mundial. Alinham na prova inicial apenas 22 carros – em vez dos 26 em média do ano passado -, com quatro brasileiros (Tony Kanaan, Mario Moraes, Raphael Matos e Vitor Meira) e serão menos corridas (a etapa de Detroit foi cancelada). Porém, esses problemas acabam ajudando no lado técnico: a expectativa é de equilíbrio.

Tony Kanaan, que tem 98 largadas seguidas na categoria – é o mais experiente em ação – acredita em briga aberta pelo título com o campeão de 2008, o neozelandês Scott Dixon, da Chip Ganassi. “Nós nos preparamos bastante na oficina, com coisas que a gente achava que precisava melhorar, na parte aerodinâmica do carro. Vai ser um campeonato muito acirrado, porque quem veio d! a Champ Car está mais adaptado”, disse o piloto brasileiro.

Outro motivo para esse equilíbrio é o fato de que 15 pilotos estão em equipes novas ou são estreantes, como Raphael Matos. Mesmo sendo novato, tem experiência de sobra com as pistas, pois chega como campeão da Indy Lights, a categoria de acesso. “Essa é uma incrível oportunidade que tenho. É uma jovem e promissora equipe e eu acho que temos peças para uma ótima performance”, afirmou.

A crise financeira fez com que as equipes menores colocassem apenas um carro no grid. Apenas as grandes Andretti Green (com quatro, incluindo a musa Danica Patrick), Penske (com dois, com Will Power substituindo Hélio Castroneves, processado nos EUA por evasão de divisas) e Chip Ganassi (também dois) têm mais carros. E só duas sessões de testes – em quatro dias – foram realizadas. Até mesmo as 500 Milhas de Indianápolis (24 de maio) terá treinos livres a menos: dois dias foram cancelados.

“Dificuldade todo mundo tem, mas ti! vemos muita sorte de continuar com todos os patrocinadores. Acho que vamos sentir um pouco mais disso no ano que vem. A categoria em si já estava preparada para essa crise, faz cinco anos que estamos com o mesmo carro. A gente já estava enxuto, com a torneira fechada”, reforçou Kanaan. Estima-se que uma equipe gaste cerca de US$ 3 milhões (R$ 6,7 milhões) por carro, bem distante dos US$ 350 milhões (R$ 770 milhões) que se gasta na Fórmula 1. A maior novidade é a utilização do biocombustível etanol brasileiro já a partir desta temporada.

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