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Colombo ressalta que não compactua com qualquer atividade trabalhista ilegal 

Companhia instalou sindicância, por meio de auditoria externa, cuja apuração poderá contribuir com o trabalho do MPT sobre as condições análogas à escravidão

A Usina Colombo controla três unidades produtoras no interior paulista (Foto: Divulgação)
A Usina Colombo controla três unidades produtoras no interior paulista (Foto: Divulgação)

A Colombo Agroindústria se manifestou sobre as reportagens veiculadas durante os últimos dias sobre as condições análogas à escravidão em uma fazenda em Pirangi – SP, que fornece cana para o grupo.

Em nota enviada ao JornaCana, a empresa afirma que “não apoia e nem incentiva qualquer forma de contratação que não esteja em conformidade com a lei e nem se beneficia de situações em que haja qualquer tipo de tratamento incorreto com relação a seus colaboradores diretos ou indiretos”.

A empresa afirma ainda que está em contato com o MPF para solucionar as questões. “Apoiamos o Ministério Público do Trabalho, fornecendo todas as informações sobre a atuação da RPC, necessárias ao curso do processo”.

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Confira na íntegra a nota enviada ao JornalCana:

“Com o propósito de esclarecer sobre as matérias veiculadas na imprensa em citação à nossa marca, nos dirigimos ao JornalCana para uma comunicação transparente e verdadeira acerca os fatos.

Iniciamos informando que não há qualquer investigação direcionada à Colombo, que não praticou qualquer ato irregular, mas sim à empresa contratada para os serviços em plantio, a R Pereira Coelho (RPC), que foi alvo de denúncias por suposta conduta irregular na contratação de trabalhadores.

Repudiamos quaisquer práticas de trabalho análogas à escravidão. Temos uma trajetória de 80 anos e geração de 5 mil empregos diretos, e reforçamos o nosso compromisso com a ética, a legalidade e o respeito aos direitos humanos.

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Desde que tomamos conhecimento do caso, temos atuado de forma tempestiva e proativa para entendimento dos fatos, com a instauração de uma sindicância, por meio de consultoria externa e independente.

Diferentemente do publicado na imprensa, a operação móvel do MPT, nos dias 25 e 26 de janeiro de 2023, identificou irregularidades no estado da moradia de seis funcionários da empresa prestadora de serviços RPC. Estas habitações não foram contratadas pela Colombo Agroindústria S/A.

Apesar de a suposta irregularidade ter sido constatada para seis trabalhadores, preventivamente, a operação decidiu estender as medidas aplicadas a outros 26 contratados da RPC, por serem oriundos da mesma região em Minas Gerais. Esses 26 não ocupavam as mesmas dependências dos demais e estavam trabalhando na fazenda em outro município no momento da ação.

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Segundo informações apresentadas pela própria RPC, que nega as irregularidades, os trabalhadores em questão estavam registrados havia 10 dias, contratados com salários compatíveis com o mercado, mas trabalharam em poucos dias no plantio, devido às chuvas que ocorriam na região.

De acordo com as informações às quais temos acesso, o grupo móvel do MPT não constatou quaisquer irregularidades no campo ou nas dependências da Colombo.

Medidas adotadas até o momento:

– Apoiamos o Ministério Público do Trabalho, fornecendo TODAS as informações sobre a atuação da RPC, necessárias ao curso do processo;

– Instalamos sindicância, por meio de auditoria externa, cuja apuração poderá contribuir com o trabalho do MPT;

– Asseguramos que providências urgentes fossem tomadas em relação aos trabalhadores, com o retorno imediato aos seus domicílios de origem;

– Garantimos que todos os demais trabalhadores que prestam serviço por meio de empresas terceiras estivessem em boas, regulares e seguras condições de trabalho;

– Determinamos a revisão imediata das condições de moradia em TODOS os imóveis identificados com moradia coletiva, de quaisquer empresas que prestam serviços;

– Consultores externos foram contratados para auxiliar na revisão dos padrões e mecanismos de controle e fiscalização adotados pela Colombo;

– Temos atuado para uma comunicação transparente com todos os públicos, por meio de consultoria de reputação especializada, bem como amparados por uma consultoria jurídica na interação com as autoridades e Ministério Público.

Nossa conduta tem sido de atuar com transparência, numa postura proativa diante das autoridades, dos nossos colaboradores, clientes, cadeia de distribuição, sociedade e imprensa, de forma a reafirmar nosso compromisso com a legalidade, a ética e os direitos humanos.

Nos colocamos à disposição em caso de qualquer informação adicional que seja necessária”.

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