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Câmara Setorial avalia potencial da cana no Rio Grande do Sul

A Câmara Setorial de Cana-de-Açúcar do Rio Grande do Sul tem avaliado o potencial e as condições necessárias para o desenvolvimento da cultura no Estado. Em reunião, realizada na terça-feira, 28 de março, houve a discussão de um programa elaborado pela Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro), que aponta caminhos para a obtenção de variedades mais adaptadas ao território gaúcho visando a melhoria da produtividade da cultura.

O estudo da Fepagro indica inclusive diversas localidades com melhor potencial para a cana, que podem abrigar ensaios de pesquisa varietal, como Ijuí, Porto Xavier, Santo Augusto, Santa Maria, São Borja, Santo Antônio da Patrulha, Taquari e Viamão. A Câmara Setorial pretende difundir também estudos de viabilização da cultura em diversas regiões do Estado. Durante a reunião, foi proposto o desenvolvimento de pesquisas, com a participação da Emater, Fepagro, prefeituras e produtores, em São Francisco de Assis, Jaguari, Jaboticaba, Bom Progresso e Santo Antônio da Patrulha.

Para desenvolver a agroindústria canavieira no Estado, o setor defende a redução do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), de 17% para 3,6%, para cana-de-açúcar, melado e açúcar mascavo. A Câmara Setorial encaminhou pedido neste sentido, em dezembro, para as secretarias da Fazenda (Sefaz) e do Desenvolvimento.

O Rio Grande do Sul possui, atualmente, apenas 30 mil hectares de cana, sendo que 98% são cultivados por pequenos produtores rurais. Na segunda-feira, 27 de março, o governador Germano Rigotto e a empresa Noroeste Bioenergética assinaram protocolo de intenções para a instalação de uma usina em São Luiz Gonzaga, para a produção de açúcar e álcool e cogeração de energia. O projeto da unidade prevê o processamento anual de dois milhões de toneladas de cana.

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