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Bunge planeja construir nova esmagadora de soja

A Bunge Alimentos, líder em originação de grãos e processamento de soja no Brasil, tem interesse em construir mais uma fábrica no País. A cidade escolhida deverá ser mais uma vez Pedro Afonso, no Estado do Tocantins, onde a companhia inaugura em maio de 2010 sua primeira usina de álcool e açúcar em parceria com a japonesa Itochu.

De acordo com informações do governo local, Sérgio Roberto Waldrich, presidente da empresa no Brasil, esteve esta semana no Palácio Araguaia, em Palmas, para assinar com o governo local o protocolo de intenções de implantação de uma usina esmagadora de soja para produção de óleo e derivados. Procurada pelo DCI, a assessoria da Bunge não confirmou as informações.

Segundo a Secretaria da Indústria e Comércio de Tocantins, a implementação da usina de açúcar e álcool seria apenas a primeira fase de um projeto entre a Bunge e o governo estadual. De acordo! com Eudoro Pedroza, secretário da Indústria e Comércio, a ampliação da empresa no Tocantins representa mais confiança em investir no estado. “Nós vemos que estão ampliando os investimentos no nosso estado, e o que é mais importante: anunciam estudos para uma esmagadora de soja”, afirmou. Os planos da Bunge para a região preveem ainda a assinatura de um convênio para a formação de mão de obra local.

Segundo informações do Governo do Tocantins, a usina é uma reivindicação antiga dos produtores de soja do estado, que agora veem a possibilidade de agregar valor às suas exportações.

A Bunge, por sua vez, segue com seus planos de expansão no Brasil: só no último ano, a empresa investiu R$ 2,3 bilhões em unidades no País.

A companhia registrou uma perda de US$ 315 milhões no setor de fertilizantes no primeiro semestre do ano e aposta no segmento de grãos para equilibrar a receita. A Bunge prevê um cenário positivo para o produtor de soja com preços estáveis e insum! os mais baratos.

Ontem o preço da soja em grão recuou 2,7% na Bolsa de Chicago (CBOT), o menor patamar desde o início do mês de agosto. Os contratos com vencimento em novembro, mais negociados, terminaram o pregão cotados a US$ 9,54 por bushel. O clima favorável para uma produção recorde nos Estados Unidos na próxima safra começa a pesar sobre a cotação dos grãos.

Açúcar e álcool

Antes da esmagadora de soja, Marcelo Miranda, governador do Tocantins, já se havia empenhado em levar para a região um dos primeiros empreendimentos da Bunge no setor sucroalcooleiro. Somente com a cana-de-açúcar, até 2010 serão investidos US$ 350 milhões. A usina terá capacidade inicial para processar 1,4 milhão de toneladas de cana por ano, sendo que a projeção é de que em 2012 esse volume seja elevado para 4,4 milhões de toneladas de cana.

Hélio Effting, diretor da Divisão de Açúcar e Álcool da Bunge, também esteve no Tocant! ins esta semana, quando divulgou que a empresa planeja iniciar a moagem de cana no empreendimento a partir de maio de 2010. Ao fazer o anúncio, Effting afirmou que a esmagadora de soja está em estudo. “A esmagadora é um projeto que a empresa já demonstrou interesse em desenvolver com o governo do estado. Estamos avaliando as questões mercadológicas e depois voltaremos a esta discussão”, disse, ao governo local.

No evento em que anunciou o funcionamento da usina e apresentou a proposta da esmagadora de soja, os representantes da Bunge fizeram uma exposição dos estágios de construção e desenvolvimento do canavial que será empregado na usina.

A empresa deve iniciar o processamento com 10 mil hectares de cana, mas a intenção é expandir essa área para até 45 mil hectares. A variedade da cana hoje plantada ainda é importada, mas a previsão é de que no prazo de três anos a variedade seja naturalmente tocantinense.

O empreendimento promete gerar até 1,5 mil empregos diretos até 2012 nas atividades agrícolas e industriais, além de empregos indiretos na cadeia produtiva e nos setores de comércio e serviços. Somente na fase de construção da usina, em seis meses, serão mais de 600 os empregos, além dos empregados do canavial.

O agronegócio brasileiro vive um momento de aquecimento, que deixa a crise cada vez mais distante. A Bunge Alimentos, por exemplo, líder em originação de grãos e processamento de soja no Brasil, planeja construir mais uma fábrica no País. A cidade escolhida deverá ser mais uma vez Pedro Afonso, no Estado do Tocantins, onde a companhia inaugura, em maio de 2010, sua primeira usina de álcool e açúcar em parceria com a japonesa Itochu.

Segundo o governo de Tocantins, Sérgio Roberto Waldrich, presidente da empresa no Brasil, esteve esta semana no Palácio Araguaia, em Palmas, para assinar com o governo local o protocolo de intenções para a implantação de uma esmagadora de soja que produzirá óleo e derivados. Procurada pelo DCI, a Bunge não confirmou as informações.

Segundo a Secretaria da Indústria e Comércio de Tocantins, a implementação da usina de açúcar e álcool seria apenas a primeira fase de um projeto entre a Bunge e o governo estadual. De acordo com Eudoro Pedroza, secretário da Indústria e Comércio, a ampliação da empresa no Tocantins representa mais confiança em se investir no estado. “Nós vemos que eles [a Bunge] estão ampliando os investimentos no estado e o que é mais importante: anunciam estudos para uma esmagadora de soja”, afirmou. Os planos da Bunge para a região preveem ainda a assinatura de um convênio para a formação de mão-de- -obra local.

Em 2008, a Bunge investiu R$ 2,3 bilhões no Brasil.

Além disso, deve ser anunciada oficialmente hoje a compra, pela Laticínios Bom Gosto, de uma unidade industrial da Nestlé em Barra Mansa, no Rio de Janeiro. A companhia gaúcha vai investir R$ 29 milhões para a compra e modernização da fábrica, desativada há dois anos. Do total, R$ 20 milhões serão destinados a investimentos e os outros R$ 9 milhões vão para a aquisição da planta.

No setor sucroalcooleiro, as ações da Cosan e da São Martinho dispararam ontem na Bolsa de Valores de São Paulo depois que o governo indiano sinalizou com uma nova quebra de safra de cana-de-açúcar em seu país.

Já a norte-americana Cargill informou lucro de US$ 3,33 bilhões no ano fiscal de 2009, encerrado em 31 de março. O valor representa queda de 16% ante os US$ 3,95 bilhões obtidos no mesmo período anterior. Apesar do recuo, este foi o segundo maior resultado da história do grupo.

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