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Brasil acerta acordo para avançar no mercado japonês de biocombustíveis

O Brasil deu o primeiro passo para garantir recursos e avançar no mercado japonês de biocombustíveis. O Banco de Cooperação Internacional do Japão (JBIC) e o Ministério da Agricultura assinaram nesta quinta-feira um acordo para iniciar estudos de financiamento à pesquisa e à produção de biocombustíveis no país, especialmente do etanol.

O vice-diretor do Departamento de Desenvolvimento do JBIC, Toshitaka Takeuchi, disse que o acordo determinará o volume de recursos necessários para garantir o abastecimento do mercado japonês. “Também queremos ver a capacidade de fornecimento do Brasil a longo prazo”. Para isso, o JBIC contratou a Pacific Consulting.

A exemplo do que fizeram com a soja nos anos 70, quando investiram US$ 570 milhões na expansão do cultivo no Cerrado, os japoneses estariam agora dispostos a emprestar dinheiro para ampliar a área plantada de cana-de-açúcar, instalar novas usinas e melhorar as condições de estocagem e infra-estrutura de transporte do etanol. O governo brasileiro estima um financiamento de US$ 600 milhões.

O programa para os biocombustíveis, inclusive do biodiesel, foi apresentado pelo ministro Roberto Rodrigues durante visita ao Japão, em maio de 2004. O governo japonês autorizou a mistura de até 3% de álcool na gasolina e estima uma demanda de 1,8 bilhão de litros por etanol. Na última safra, o Brasil produziu 14,6 bilhões de litros e exportou 2,6 bilhões para EUA, União Européia e Ásia.

O JBIC, que tem ativos totais de cerca de US$ 100 bilhões, conta com uma carteira de US$ 8 bilhões de empréstimos no Brasil.

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