Mercado

BP desiste de construir usina de etanol celulósico nos EUA

A BP Plc cancelou nesta quinta-feira seus planos de construir uma usina na Flórida para converter gramíneas como sorgo e cana em biocombustível celulósico, sendo a segunda grande petrolífera neste ano a eliminar planos de produzir o etanol de “segunda geração” a partir de culturas não destinadas à alimentação.

Uma vez vista como uma solução promissora, com méritos em relação ao uso de milho e outras culturas na produção de combustíveis, o etanol celulósico se tornou um jogo político, com as empresas tendo dificuldade para produzir em escala comercial, a despeito do mandato governamental.

O Congresso dos EUA originalmente determinou que até 2012 500 milhões de galões de etanol celulósico deveriam ser misturados aos combustíveis nas refinarias. Mas devido à pequena quantidade produzida, a Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês) reduziu o mandato para 8,65 milhões de galões em 2012.

A BP diz que agora planeja focar na pesquisa e no desenvolvimento e também no licenciamento de sua tecnologia de biocombustíveis, ao invés de construir a usina de 36 milhões de galões, cujo valor não foi informado.

“Devido ao grande e crescente portfólio de oportunidades de investimento disponíveis para a BP globalmente, nós acreditamos que é de grande interesse dos nossos acionistas de que o considerável capital necessário para a construção desta fábrica seja realocado em outros projetos mais atrativos”, disse Geoff Morrell, vice-presidente de comunicações da companhia, em nota.

Em abril, a Royal Dutch Shell e a Iogen Corp cortaram os planos que tinham para uma usina em escala industrial no Canada, para produzir etanol de palha e resíduos.

Já a Poet, uma das maiores empresas de etanol dos EUA, deu início a uma usina de celulósico no início deste ano no valor de 250 milhões de dólares e espera começar a produzir comercialmente depois da inauguração em 2013.

Banner Revistas Mobile