Mercado

Biocombustível atrai agricultores

A presença de mil produtores rurais, em evento que debateu as alternativas para o biocombustível, no final da semana passada, em São Miguel do Oeste, é uma das provas de que os agricultores catarinenses começam a ver o combustível vegetal como uma opção de renda.

Entre os pontos favoráveis estão o preço, o programa nacional de agroenergia, aprovado ano passado, que prioriza a atividade em pequenas e médias propriedades, e a importância acelerada que o biocombustível vem conquistando no mercado mundial.

O evento foi promovido por três ministérios – do Meio Ambiente, Desenvolvimento Agrário e Ciência e Tecnologia. Entre os debatedores, o presidente do Sistema Fiesc, Alcantaro Corrêa, e o presidente da Frente Parlamentar em Defesa das Energias Renováveis, deputado Mauro Passos (PT-SC).

Para os agricultores, o desafio maior não é produzir grãos, mas ter unidades fabris para transformá-los em biocombustível. Uma das opções comentadas, conforme Mauro Passos, é a instalação de processadores regionais. Ele diz que é prioridade do governo federal o cumprimento da legislação prevista no plano nacional de agroenergia.

Entre os produtos agrícolas que podem ser transformados no combustível estão soja, girassol, canola, nabo forrageiro, amendoim, linhaça, mamona e gergelim. As perspectivas do mercado são reais, porque até 2008, o óleo diesel deverá receber uma mistura de biocombustível de 2%, e até 2010, estão previstos 5%.

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