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Audiência pública discute estiagem no NE

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Preocupados com a ausência de chuva causada pela massa de ar seco que insiste em permanecer no Nordeste brasileiro, produtores de cana da Paraíba e políticos envolvidos com o tema participarão, nesta terça-feira (08), de uma audiência pública na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) para discutir o problema e levantar soluções, inclusive econômicas, para diminuir os efeitos da seca no estado.

A sessão, prevista para ter início às 15h, é uma ação da Frente Parlamentar da Seca proposta pelo deputado estadual Francisco Quintans (PSDB) e instalada pelo presidente da ALPB na última sexta-feira (04). De acordo com o deputado, da audiência sairá um relatório para ser entregue a Ministra do Desenvolvimento Social e Combate a Fome, Tereza Campelo.

A seca na Região Nordeste já deixou mais de 500 cidades em situação de emergência, segundo relatos da mídia. A falta de chuva secou rios, inutilizou lavouras e fez o preço de diversos alimentos, como o milho e o feijão, disparar na região. Só na Paraíba já são 171 municípios em estado de emergência em função da seca. Para o deputado Francisco Quintans, que convidou os produtores de cana e outros agricultores a participar da discussão da Assembléia, é preciso buscar o apoio dos governos para minimizar os impactos da seca, que é um fenômeno natural da região.

Quintans afirmou que pelo menos 51% da população economicamente ativa na Paraíba tem vinculação com o setor rural, residindo ou não no meio rural, e quando um fenômeno natural como a seca acontece, as autoridades devem se preocupar. “Sabemos da fragilidade do setor quando acontece uma seca dessas. Os governos têm que ajudar o produtor e o homem do campo com linhas de crédito razoáveis. Eles têm que sentar numa mesa e ouvir, não esses teóricos que só fazem filosofar e nada trazem de real para os campos, mas os produtores”, lembra Quintans.

O presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), Murilo Paraíso, ressalta que é preciso debater a seca que está em curso porque do contrário não haverá safra no ano que vem e isso vai gerar desemprego, principalmente em se tratando de cana, que é um dos segmentos agrícolas que mais empregam na Paraíba. “Além disso, a seca também traz o aumento de vários itens que vão para a mesa do brasileiro todos os dias, então, de uma forma ou de outra, o problema atinge a todos e a Assembleia está de parabéns por chamar essa discussão”, declara, confiando que da audiência saia um relatório completo da situação para ser entregue a Ministra do Desenvolvimento Social e Combate a Fome, Tereza Campelo.

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