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Associação quer aumentar cogeração em São Paulo

A Comgás — Companhia de Gás de São Paulo e a Unica — União da Agroindústria Canavieira de São Paulo estão dispostas a aumentar a geração de energia elétrica no estado de São Paulo por meio das usinas de cogeração. Enfrentam, entretanto, os problemas dos custos elevados, tanto do gás natural como da implantação das usinas, além da conjuntura atual que desestimula os investimentos no setor elétrico. Com potencial estimado de gerar entre 5 mil MW e 8 mil MW, com base principalmente em bagaço de cana-de-açúcar e gás natural, o estado produz atualmente cerca de 500 MW em cogeração. Deste total, 400 MW saem das usinas de álcool e açúcar, predominantemente, e o restante é gerado por meio do gás natural. Para tentar aumentar a participação da cogeração na matriz energética paulista, entra em funcionamento neste mês de setembro a Cogen — Associação Paulista de Cogeradores de Energia.

Para gerar cada MW em uma usina de cogeração movida a gás natural o investimento necessário é de US$ 800 mil. Em uma usina movida a bagaço de cana-de-açúcar ou outro tipo de biomassa, o custo de implantação estimado é de US$ 500 mil por MW. Entre os empresários sucroalcooleiros, o problema para ampliar a cogeração de energia esbarra na conjuntura atual do setor elétrico, com sobra de energia e baixo preço no mercado “spot”, e na falta de regras mais claras que garantam retorno ao investimento e linhas de financiamento. Segundo Onório Kitayama, assessor da diretoria da Unica, atualmente há apenas 390 MW em projetos de co-geração com base em biomassa em processo de outorga na Aneel — Agência Nacional de Energia Elétrica, e somente 75 MW já aprovados pelo órgão. O Programa de Incentivo às Fontes Alternativas — Proinfa prevê contemplar 1,1 mil MW de projetos de biomassa.

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