Mercado

Asplan monitora entrega de matéria prima nas usinas

Os fiscais que integram a equipe do Laboratório de Controle de Qualidade da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan) já estão aptos a atuar nas nove unidades industriais da Paraíba fazendo as análises de cana fornecidas pelos associados da entidade.

Na segunda quinzena de agosto, os profissionais que atuarão na Japungu, Miriri, Monte Alegre, Giasa, Agroval e Tabu iniciam o trabalho de acompanhamento e a expectativa é que, a partir do início de setembro, os fiscais que atuarão nas usinas Una, São João e Pemel também iniciem suas atividades.

Nesta quinta-feira (11), o consultor Francisco Dutra e a supervisora da fiscalização da Asplan, Marlene Lima, se reuniram, no auditório da associação, com os 23 fiscais que farão esse monitoramento para tirar as últimas dúvidas sobre o trabalho a ser desempenhado durante toda a moagem da safra 2011/2012.

Essa atividade de fiscalização faz parte do programa de monitoramento da quantidade do Açúcar Total Recuperável (ATR), um serviço disponibilizado gratuitamente pela Asplan aos produtores associados, que tem o objetivo de contribuir para que o fornecedor de cana não seja prejudicado na hora de receber o pagamento das usinas/destilarias pela cana fornecida.

Segundo Marlene Lima o preço do quilograma do ATR varia todos os meses, sendo calculado com base no valor de mercado do álcool e do açúcar. Ela explica que, para se calcular a quantidade do ATR existente na cana de açúcar são feitas análises em amostras de cana.

A matéria prima é desfibrada, prensada e do caldo extraído extraem-se o Brix, que é a parte sólida solúvel do caldo, e o POL, que é sacarose (quantidade de açúcar). “Da relação entre a quantidade de Brix e POL, a partir de um cálculo matemático, se determina o ATR presente. Quanto maior a pureza da cana, melhor será sua qualidade. Quanto maior a quantidade de açúcar, melhor será o produto e também o preço pago por ele”, esclarece ela.

Marlene reforça ainda que o controle dá a possibilidade do produtor confirmar os dados fornecidos pelo comprador, tendo assim a garantia de receber o real valor que valor de sua cana. “Paralelo a análise realizada pelo comprador, o laboratório da associação faz um novo cálculo, como contraprova, para evitar que ocorram erros, que viriam a prejudicar o produtor canavieiro”, diz Marlene.

Treinamento

O 23 fiscais que integram o grupo de trabalho passaram recentemente por um treinamento, realizado na sede da Asplan, em João Pessoa.

Segundo o consultor Francisco Dutra, a capacitação realizada deu subsídios aos técnicos para avaliarem com precisão a qualidade da matéria prima entregue pelos fornecedores, utilizando a fórmula da ATR. “Eles estão aptos a monitorar as análises para dar certeza ao fornecedor de que a cana entregue está sendo avaliada corretamente, sem perdas em termos de remuneração”, explicou Dutra, lembrando que a fiscalização é realizada 24 horas por dia, pois o fornecimento de cana para as unidades industriais não sofre interrupção.

O presidente da Asplan, Raimundo Nonato Siqueira, destacou que este é um dos serviços disponibilizados pela associação que beneficia os mais de 1600 fornecedores de cana de açúcar do Estado.

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