Mercado

Fecombustíveis alerta para provável aumento de gasolina

A Fecombustíveis (Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes) informou nesta terça-feira que postos de combustíveis em todo o país estão sendo comunicados por suas distribuidoras de que novas elevações nos preços da gasolina devem ocorrer nos próximos dias.

Segundo as distribuidoras, a alta se deve, em parte, à redução do percentual de etanol anidro na gasolina A, de 25% para 20%, que vigora desde segunda-feira. Até o momento, e ao contrário do que se esperava, o Governo não anunciou qualquer medida de redução de carga tributária para compensar o maior custo da gasolina.

Ainda segundo diversas distribuidoras, a questão logística também deverá ter impacto sobre os preços de atacado. Isso porque algumas regiões do país já se encontram no limite da capacidade de produção de gasolina e precisarão receber produto de outras localidades para suprir o aumento na demanda. Segundo dados preliminares do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom), somente em janeiro, as vendas de etanol hidratado diminuíram 30%, refletindo a menor competitividade do biocombustível.

A Petrobras informou durante reunião na Agência Nacional do Petróleo (ANP) com agentes de mercado que custos adicionais com fretes na transferência de produto deverão ser assumidos pelas companhias distribuidoras, que poderão repassá-los aos postos revendedores.

A Fecombustíveis lembra que o mercado é livre e competitivo em todos os segmentos, cabendo a cada distribuidora e posto revendedor determinar se irão ou não repassar os maiores custos ao consumidor e, se o fizerem, em qual percentual. Entretanto, a Federação entende ser de fundamental importância esclarecer o consumidor e a sociedade em geral sobre a realidade dos fatos, para que o revendedor varejista, face visível deste mercado, não seja responsabilizado por majorações de preço ocorridas em outras etapas da cadeia.

A instituição representa os interesses de cerca de 35 mil postos de serviços que atuam em todo o território nacional, 471 TRRs e 32 mil revendedores de gás liqueifeito de petróleo (GLP), além do mercado de lubrificantes.

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