Mercado

Carro flex fuel amplia o mercado do álcool combustível

O aumento das vendas e o anúncio de novos lançamentos do carro flex fuel – conhecido, também, como bi-combustível, multicombustível ou flexível – amplia o mercado para o álcool no País. O mercado cativo de combustível deve ter mesmo dias – ou, no máximo, anos – contados. A General Motors — GM oficializou, por ocasião do lançamento do Meriva 1.8 Flexpower (flexível) em novembro, que 85% dos modelos da linha Chevrolet irão se tornar, em trinta e seis meses, carros multicombustíveis.

A família flexpower da GM já conta, além do Meriva, com o Corsa Hatch 1.8, o Corsa Sedã 1.8 e a pick up Montana 1.8. Pioneira no País, nesse segmento, com o lançamento do Gol Total Flex em março de 2003, a Volkswagen – que tem ainda os flexíveis Paraty 1.6 e Saveiro 1.6 – foi a primeira montadora a lançar um flexível com motor 1.0. O Fox Total Flex, fabricado somente no Brasil, surgiu em outubro com os modelos 1.0 AE e 1.6 AE. Outras novidades virão por aí.

As aceleradas mudanças no mercado de combustíveis e de automóveis não assustam o setor alcooleiro. O fim – ou, por enquanto, a retração – do mercado cativo é considerado por integrantes da União da Agroindústria Canavieira de São Paulo — Unica, como um aliado importante para a ampliação das vendas. Esse otimismo apóia-se, principalmente, na grande diferença de preço do etanol, que chega a ser inferior em até mais de 50% se comparado à gasolina. O setor já está encarando o flex fuel como carro a álcool.

A garantia de abastecimento e as vantagens ambientais são outros trunfos do álcool para ampliar o seu espaço, consolidar a sua posição junto ao público e tornar-se, definitivamente, a estrela dos combustíveis no País. O flex fuel ajuda, também, a quebrar as resistências do consumidor que ficou traumatizado com os problemas de corrosão, partida e, principalmente, de desabastecimento – se faltar álcool, ele se refugia, imediatamente, na gasolina. A confirmação do “boom” do flexível exige, no entanto, que a lição de casa seja bem-feita. Caso contrário, os efeitos serão inevitavelmente desastrosos.

Leia matéria completa na edição 122 do JornalCana

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