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Rússia adere ao Protocolo de Kyoto; setor está otimista

Depois do parlamento russo ter ratificado o Protocolo de Kyoto no mês passado, foi a vez do presidente da Rússia, Vladimir Putin.

Putin assinou hoje a ratificação do Protocolo de Kyoto, iniciativa que abre caminho para a redução dos gases de efeito estufa já no próximo ano e para a vigência do documento no mundo.

O Protocolo de Kyoto, ratificado por 126 países, entra em vigor em três meses depois que a Rússia encaminhar os documentos da ratificação às Nações Unidas.

Para virar lei, o documento teria que ter a aprovação de pelo menos 55 países que juntos são responsáveis por 55% das emissões de gás carbônico (CO2) dos países industrializados.

Com a adesão da Rússia (responsável por 17,4% das emissões mundiais), esse índice foi alcançado.

O Protocolo de Kyoto determina que os países industrializados reduzam em 5,2% as emissões de carbono até 2012, em relação aos níveis de 1990.

O empresário, José Pessoa de Queiroz Bisneto – presidente do Grupo J. Pessoa, acredita que a adesão russa ao Protocolo vai acelerar o processo de internacionalização do álcool.

Pelo fato da cana ser um dos grandes captadores de CO2 da atmosfera durante seu processo de crescimento e conseqüente liberar oxigênio neste processo, o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, prevê que a renda dos produtores de cana poderá aumentar até 50% com a ratificação do Protocolo.

Maurílio Biagi Filho, presidente da Usina Moema, acredita que assim que o documento entrar em vigor, imediatamente os créditos triplicarão de valor, passando dos atuais US$ 3 por tonelada de CO2 negociados pela Moema, para US$ 10 a US$ 20 por tonelada.

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