Mercado

TECNOLOGIA “VERDE-AMARELA” PARA SOLO BRASILEIRO

O trator, a colhedora e tantas outras ferramentas usadas nas atividades agrícolas têm um grande aliado com o crescente – e digo aqui, necessário – investimento em TI na agroindústria. A tecnologia aplicada à gestão da produção, desde o planejamento do plantio até o controle de colheita, cada vez mais atrai os produtores, que passam a constituir um grupo seletivo e exigente, em constante busca por modernidade no gerenciamento dos seus processos agrícolas. Segundo os dados do IDC (Internet Data Corporation), o investimento das empresas de agronegócio em tecnologia da informação deverá crescer 11% em 2007.

Como a Unica (União da Indústria de Cana-de-açúcar) destaca, a expectativa do mercado é chegar em 2010 com cerca de 77 novas usinas e, nos próximos dez anos, o número de unidades crescerá no ritmo de 3 a 5% ao ano. Vamos, portanto, acompanhar um crescimento monumental nos volumes da oferta de produtos neste segmento e expressivo aumento da complexidade dos relacionamentos transacionais. Esta realidade pressupõe grandes quantidades de recursos e insumos que devem ser empregados no campo e gerenciados de modo a otimizar os resultados com baixos custos e alta qualidade da matéria-prima entregue nas usinas. A Tecnologia da Informação torna-se, então, imprescindível.

O avanço tecnológico algumas vezes apresenta barreiras iniciais na adaptação e em alguns casos esbarram em custos que vão diminuindo à medida que a tecnologia se torna mais acessível e disseminada. Mas obviamente o retorno pode ser comprovado quando constatamos que empresas que planejam e investem em TI conseguem desenvolver e concretizar mais facilmente suas estratégias de crescimento. E este esforço coloca o Brasil em condição única de auto-suficiência em tecnologia aplicada à gestão da produção agrícola. Hoje, temos expertise para desenvolver e até exportar soluções de ponta.

Alguns países da América Latina, como Peru, México e Colômbia, já adotaram nossa tecnologia “verde-amarela” para gerenciar seus processos no campo. E nada impede que possamos prover soluções para muitos mercados mais, uma vez que a tecnologia nacional tem como característica a facilidade de adaptação a outras culturas e a outros processos agroindustriais.

Sendo o Brasil um grande protagonista do agronegócio mundial, oferecendo produtos de qualidade e criando um superávit representativo em nossa balança comercial, podemos inferir que boa parte desta cadeia de valor, de fornecedores de insumos até provedores de tecnologia de informação, que muitas vezes não tem a mesma visibilidade, também apresenta altos níveis de excelência. A tecnologia de informação é sem dúvida, um dos pilares de sustentação do êxito alcançado e da posição do País no agronegócio mundial.

Sérgio Parasmo é diretor de marketing e vendas da Próxima, empresa do grupo Datasul, líder no fornecimento de soluções para gestão da produção agroindustrial – [email protected]

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