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Américas discutem projeto para etanol

As Américas caminham para uma integração de projetos, pesquisas, desenvolvimento e o uso maciço do etanol como combustível alternativo ou misturado com a gasolina, como ocorre no Brasil. Compartilhada por ministros de países de todas as Américas, essa idéia foi discutida no fórum “Agricultura e Vida Rural das Américas”, que termina hoje em Guaiaquil, no Equador. O evento foi organizado pelo governo local e pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA).

De acordo com o presidente da Câmara Setorial do Açúcar e do Álcool do Ministério da Agricultura, Luiz Carlos Corrêa Carvalho, o projeto de coalizão será coordenado pelo IICA, com o apoio de países nos quais o etanol já é uma realidade como combustível (além do Brasil, os Estados Unidos e a Colômbia). A intenção, de acordo com o executivo que acompanhou o ministro Roberto Rodrigues na viagem ao Equador, é reduzir os impactos econômicos causados pelas altas do petróleo e de seus derivados, além de minimizar os cortes dos subsídios ao açúcar para países caribenhos.

Carvalho lembrou que há um mês o presidente norte-americano, George Bush, assinou a nova lei da energia de seu país, na qual fica clara a intenção de incentivo ao uso do etanol como combustível, lá fabricado a partir do milho. “Pouco foi comentado, mas as restrições ao uso do MTBE (metanol de petróleo) foram muito grandes e todos caminham para o uso do etanol. Com isso, a posição de que haveria um excedente de etanol nos Estados Unidos nesta safra será revertida”, avaliou Carvalho.

Na avaliação dos ministros dos países americanos, o México é o único país que terá dificuldades para instituir um programa consistente de produção e de uso do combustível alternativo, por falta de oferta de cana e problemas agrários.

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