A forte valorização do dólar em relação ao real desde o início de fevereiro e uma inesperada alta das cotações internacionais na segunda quinzena do mês passado estimularam a comercialização de soja e milho no Brasil. Por causa desses dois fatores, os preços dos grãos subiram no país, compensando boa parte das perdas provocadas por meses seguidos de queda nas cotações. A espiral baixista voltou a dar o tom do mercado internacional em março.
O aumento da comercialização ocorreu em especial com a segunda safra (safrinha) de milho, principalmente em Mato Grosso. No caso da soja, no entanto, o ritmo de vendas não foi capaz de reverter o atraso em relação ao mesmo período de 2014.
A comercialização não envolveu volumes ainda maiores por causa da greve dos caminhoneiros em fevereiro, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Além de ter travado as vendas, a paralisação dos transportadores aprofundou o atraso da colheita no Estado, que no mês passado também foi prejudicada pelas chuvas. A retirada da soja do campo estava concluída em 67,4% da área em Mato Grosso até o fim da semana passada, 4 pontos aquém de um ano atrás.
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(Fonte: Valor Econômico)
