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Álcool está perto de perder vantagem sobre gasolina em SP, diz Fipe

Os proprietários de veículos flex na cidade de São Paulo devem redobrar a atenção ao fazer as contas na hora de abastecer o tanque. A relação de preços entre álcool e gasolina alcançou, em outubro, o nível mais alto desde abril de 2006.

Segundo a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), o litro do álcool chegou a 62,3% do preço da gasolina, contra relação de 54,9% em setembro– a partir de 70%, o álcool deixa de ser vantajoso. A ampliação se deve ao aumento de 15,3% no preço do álcool apenas no mês passado.

A alta é a quarta mensal consecutiva e se deve principalmente ao fato de as usinas sucroalcooleiras preferirem produzir açúcar para aproveitar os altos preços no mercado internacional.

No acumulado do ano, o combustível teve acréscimo de 12,77% ante aumento de 0,23% da gasolina no mesmo período. Em outubro, o litro da gasolina subiu 1,45%, puxado pela mistura do álcool anidro.

Antonio Comune, coordenador do IPC (Índice de Preços ao Consumidor), da Fipe, destaca que a relação de 70% como limite para vantagem do álcool sobre a gasolina, devido à diferença de rendimento entre os combustíveis, considera o veículo em condições ideais. “Para carros desregulados, já pode ser desvantajoso usar álcool agora”, disse.

O item deu a maior contribuição para o aumento de 0,25% do IPC em outubro. De acordo com Comune, como os preços do açúcar continuam em alta no cenário internacional, os do álcool devem permanecer em expansão no mercado doméstico.

Outro item que ajudou na elevação de 0,83% do grupo transportes no mês passado foi estacionamento, que subiu 4,44% na capital paulista e já acumula crescimento de 10,5% no ano.

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