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Álcool e gasolina aceleram inflação em São Paulo

As elevações mais intensas nos preços de álcool combustível (de 5,83% para 10,12%) e gasolina (de 0,64% para 1,78%) levaram à aceleração da inflação na cidade de São Paulo, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S). Os preços na capital paulista subiram 0,55% no IPC-S de até 15 de janeiro, ante aumento de 0,44% no indicador de até 7 de janeiro.

O vice-diretor do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), Vagner Ardeo, afirmou que está ocorrendo um problema demanda maior do que a oferta no álcool – que participa em 25% na formação do total da gasolina. Para o economista, a inflação na cidade tem elementos para continuar a acelerar durante o mês de janeiro.

Isso porque, além da provável continuidade na elevação mais intensa nos preços dos combustíveis, os preços ao consumidor na cidade estão sendo influenciados pela época de reajustes nos preços das mensalidades escolares. No caso do Rio de Janeiro, a inflação na capital fluminense desacelerou, com alta de 1,14% no IPC-S de até 15 de janeiro, ante aumento de 1,18% na apuração anterior.

O economista da FGV, André Braz, considerou que, no Rio de Janeiro, o aumento de preços menos intenso, medido pelo indicador, é originado da desaceleração de preços de Alimentação (de 2,96% para 2,83%). “Os alimentos contiveram o impacto de algumas pressões de alta no Rio de Janeiro, como as mensalidades escolares por exemplo”, disse. Para ele, não há como prever, no momento, se os preços na cidade continuarão subindo menos na próxima apuração.

Isso porque o aumento mais fraco de preços dos alimentos é originado principalmente de desaceleração de preços com comportamento volátil, como hortaliças e legumes – cujos preços subiram 10,9% no IPC-S de até 15 de janeiro, ante alta de 14,78% no IPC-S anterior. “Não há como prever se eles vão continuar desacelerando na próxima apuração”, disse. Hoje a FGV divulgou os resultados regionais de inflação das sete capitais pesquisadas para cálculo do IPC-S de até 15 de janeiro, cuja taxa completa foi anunciada ontem (0,76%).

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