Mercado

Acadêmicos dos EUA querem fim da tarifa de importação de etanol

Dois acadêmicos da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, defenderam na semana passada, durante um evento sobre biocombustíveis em Washington, o fim da tarifa de US$ 0,54 por galão (3,78 litros) imposta pelo país norte-americano ao etanol importado.

O assessor sênior em estudos de Políticas Globais e presidente da Fundação Cargill, Robbin Johnson, e o professor de Economia Aplicada e Direito, C. Ford Runge, defenderam, além da eliminação da tarifa, um mercado de biocombustíveis aberto e globalizado para promover mais eficiência e competitividade.

Johnson apontou que os EUA representam 87% do consumo mundial de etanol e precisam se tornar uma referência, se realmente desejam consolidar o uso do etanol como combustível para o setor de transportes. Já Runge, enfatizou a necessidade de redução do incentivo fiscal que atualmente é de US$ 0,45 por galão (3,78 litros).

Durante o painel que discutiu o tema “Biocombustíveis: Alimentos, Combustíveis e o Futuro?”, o representante-chefe da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar) na América do Norte, Joel Velasco, questionou a necessidade da imposição de barreiras comerciais ao etanol de cana quando os combustíveis fósseis são livremente comercializados pelo mundo.

“A questão é que os americanos não podem se beneficiar da alternativa limpa e economicamente vantajosa que é o etanol brasileiro de cana-de-açúcar, enquanto o Congresso americano mantiver barreiras contra o etanol importando”, disse Velasco.

Velasco relembrou que a cana não é somente algo relacionado ao Brasil. “Mais de 100 países ao redor do mundo plantam cana e poderiam fornecer biocombustíveis para 200 nações, em vez de somente 20 países produtores de petróleo, que hoje fornecem combustíveis fósseis para quase o mundo todo”.

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