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A cana do Brasil na pole position

A única planta que preenche, atualmente, todos os nichos determinados pelo Padrão de Combustível Renovável norte-americano para produção de biocombustível é a cana-de-açúcar.

– Ela pode ser enquadrada dentro das especificações de biocombustível comum, avançado e também o celulósico, a partir do bagaço – disse Joel Velasco, representante da Unica nos Estados Unidos, em evento do setor realizado esta semana, em São Paulo.

Segundo Velasco, isso não significa que outra matéria-prima não poderá surgir em um futuro próximo, mas no momento a cana está em primeiro lugar nessa corrida, principalmente em razão da redução expressiva de emissão de dióxido de carbono, o que não acontece com o milho.

O fato de a cana ser uma excelente matéria-prima também para o etanol de segunda geração, acredita Velasco, está fazendo com que muitas empresas dessa área venham para o Brasil:

– A maioria delas já está aqui no país ou procurando parcerias porque aqui a matéria-prima é abundante, o que é necessário para o desenvolvimento do etanol de celulose.

Segundo ele, produzir o etanol de celulose a partir de milho, por exemplo, seria inviável em razão da grande quantidade de grãos que seria necessário. O executivo disse também que para ficar na “pole position” o Brasil terá que manter um contínuo avanço tecnológico e investimentos no aprimoramento de plantio, corte, conversão de açúcar e etanol. Velasco ressalta que, neste momento, o Brasil enfrenta uma batalha regulatória nos Estados Unidos.

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