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Usina Paineiras encerra safra com moagem 75% menor

Colheita para a Usina Paineiras: safra já encerrada (Foto: Divulgação)
Colheita para a Usina Paineiras: safra já encerrada (Foto: Divulgação)

A Usina Paineiras, localizada no litoral Sul do Espírito Santo, já encerrou a safra 2015/16 em 15/10. Foi um dos piores ciclos em termos de moagem da usinas sucroenergética. 

Com capacidade de moer 1,2 milhão de toneladas de cana-de-açúcar, a usina sucroenergética só processou 285 mil toneladas. O volume moído representa 75% da capacidade instalada.

Responsável por cerca de 15 mil empregos diretos e indiretos, a empresa atribui a maior parte desse resultado à estiagem que arrasou grande parte das lavouras dos municípios de Itapemirim, Marataízes e Presidente Kennedy.

Confira o que diz Antonio Carlos de Freitas, diretor de Negócios da Usina Paineiras:

“Nossa região tem mais de 500 agricultores familiares, quase todos dedicados exclusivamente ao cultivo da cana. Entre eles, a quebra na produção foi de 90%. A maior parte da cana que a usina moeu, desta vez, foi própria. E houve queda na qualidade da cana, devido às variações do clima, reduzindo muito a produtividade.”

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Colheita para a Usina Paineiras: safra já encerrada (Foto: Divulgação)
Colheita para a Usina Paineiras: safra já encerrada (Foto: Divulgação)

Grave crise

Uma grave crise no setor, no entanto, têm se alastrado há anos. Além das estiagens, há especialmente a política federal de controle do preço de combustíveis, que impede até mesmo o repasse dos aumentos dos custos de produção tanto para os agricultores, quanto para as usinas, ainda segundo o diretor da Usina Paineiras.

“Para amenizar essa crise, as lideranças do setor sucroenergético de todo o Brasil têm estimulado o governo federal a elevar a Cide, que é uma contribuição sobre o consumo de petróleo, para estimular o consumo de etanol e gerar receita para os deficitários caixas da União e dos estados. E, em nível estadual, buscamos que o ICMS sobre o comércio de etanol hidratado seja reduzido, conforme realizado recentemente por vários outros estados, para voltar a estimular o cultivo da cana e a produção de açúcar e álcool, favorecendo as indústrias e a geração de empregos”, resume Antonio Carlos de Freitas.

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