Usina Santa Maria e investimento são praticamente sinônimos na cidade de Medeiros Neto, situada no extremo sul da Bahia.
Foi nesta cidade, há quase cinco décadas, que a usina se instalou e implantou a cultura da cana-de-açúcar que inexistia na localidade.
A Santa Maria, transformou a economia da região, até então, direcionada primordialmente para a criação extensiva de gado.
Graças ao olhar empreendedor dos seus dirigentes, a companhia vem apresentando consistente crescimento em volume de cana processada, seguindo a expectativa de manter a progressividade evolutiva na produção de etanol.
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Dando continuidade ao seu projeto de expansão, a companhia pioneira da cana na Bahia quer adoçar a receita, investindo na aquisição de maquinário e equipamentos para a produção de açúcar.
Para a safra 2023/24, iniciada em 1°de abril, a expectativa é de uma moagem de 2,3 milhões de toneladas de cana e uma produção de 1.800.000 m3/etanol.
Os investimentos em aquisição de equipamentos seguem o fluxo planejado por sua diretoria, que contempla mais uma matriz de energia limpa e renovável com a sua cogeração de energia a partir da biomassa da cana-de-açúcar (bagaço).
A usina está investindo R$ 150 milhões na implantação de uma termelétrica e na produção de açúcar. Segundo a direção da empresa, “os investimentos são com recursos próprios. Desta forma seguimos crescendo, investindo recursos e gerando empregos, renda, tributos, bem-estar social e ambiental aos municípios da região do extremo sul da Bahia”.
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A implantação da termoelétrica, com capacidade de 65 MW, já se encontra em fase de execução. Já a usina para produção de açúcar do grupo, terá uma produção estimada em 14.000 sacos /dia. O projeto já está em andamento e a planta está sendo erguida na unidade de Medeiros Neto. Sempre atento às grandes oportunidades, a Santa Maria adquiriu parte dos equipamentos da extinta usina Floralco, localizada na região noroeste do interior paulista.
A compra de maquinário de uma usina desativada, foi uma solução adotada visando a redução de custos e também para agilizar o início da produção. “Este investimento é para que nós possamos preparar a nossa planta para produzir açúcar, a partir de 2024. Os equipamentos já estão chegando. A planta baixa já está pronta. Estamos esperando chegar outros complementos de equipamentos para darmos prosseguimento à implantação”, informou Marcos Antônio Costa Lemos, gerente de Relações Institucionais da Santa Maria.
Costa também destaca a ação de sustentabilidade envolvida neste tipo de aquisição. “A gente acaba trazendo a atividade, negócios que deixaram de existir, cumprindo com a nossa missão de sustentabilidade. É importante olhar para essas plantas e dar funcionalidade para elas, com um novo olhar de desenvolvimento industrial, focado em resultados, mas sobretudo em obter esses equipamentos, que se encontravam em desuso, para que a gente dê a utilidade adequada. Com isso, nós cumprimos a nossa percepção ambiental “, ressaltou Costa.
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A aquisição dos maquinários contou com o suporte da E-Machine S.A, empresa brasileira especializada na compra e venda de equipamentos industriais e maquinários agrícolas, que está responsável pela gestão da venda dos ativos da Floralco. “Para o comprador, a aquisição desses ativos não destoa das práticas modernas de gestão, que preconizam o investimento em tecnologia de ponta, pois, apesar de estarem em uso, contam com a mesma tecnologia embarcada, utilizada em novos equipamentos, contando ainda com a vantagem de proporcionar um retorno mais rápido ao capital investido”, argumenta Milton Ferreira Gomes Filho, CEO da E-Machine S.A.
Sobre a nova etapa, o presidente do Grupo São Luiz, Luiz Carlos Queiroga, afirma: “Esperamos desta forma concluir mais um importante ciclo de desenvolvimento de nossas unidades, lembrando sempre da geração de empregos, renda, tributos, bem-estar social e ambiental aos municípios da região do extremo sul da Bahia. Tais avanços são reflexos dos investimentos na modernização das áreas industrial e agrícola da Usina Santa Maria”, destaca.
Mercado aquecido
Segundo a E-Machine Comercial S.A., mesmo durante a pandemia, houve um crescimento exponencial na oferta e na comercialização de usados, tanto no Brasil quanto no exterior. A Cia, que atua na América Latina, África e Ásia, estima, para 2023, um crescimento para o segmento em torno de 20%.
Fatores como preço competitivo, prazo de entrega enxuto, tecnologia embarcada e possibilidade de retrofit contribuem para esse cenário, mas não são só máquinas e equipamentos usados que explicam tal projeção:
“Em 2023, já comercializamos uma usina de açúcar para o continente africano e adquirimos uma termelétrica para siderurgia com o objetivo de realocá-la”, conclui o CEO da companhia, Milton Ferreira Gomes Filho.
A E-Machine Comercial S.A. informa que, em 2022, teve um aumento na sua receita bruta de 14%, a margem bruta cresceu 8 pontos percentuais e a valorização do negócio foi de 42% (aumento do Ebitda).