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Painel abre a 3ª InterConf com enfoque principal nos biocombustíveis

A geração de energia por biocombustíveis foi o centro das discussões durante o Painel Panorama Economia Global, que abriu hoje as plenárias de palestras e debates da 3ª Conferência Internacional dos Confinadores InterConf, em Goiânia (GO).

Questões como sustentabilidade, divisão de terras entre a produção de commodities geradoras de energia e a pecuária, além da competitividade brasileira no cenário global do agronegócio ilustraram o painel moderado pelo professor e pesquisador do ESALQ-CEPEA Sérgio de Zen e que teve como palestrantes o co-diretor e analista de pecuária e avicultura internacionais do FAPRI (Instituto de Pesquisa de Políticas para Agricultura), Jay Fabiosa, e o engenheiro agrônomo e professor de economia agrícola da Fundação Getúlio Vargas, Alexandre Mendonça de Barros.

Segundo Fabiosa, novas regras internacionais que determinam a utilização de combustíveis menos poluentes, visando a redução da emissão de gases que causam o efeito estufa, beneficiam países como o Brasil, que aposta na produção de biocombustíveis derivados da cana-de-açúcar – comprovadamente mais eficiente e menos emissor de carbono que o etanol de milho americano – e grãos, como a soja, mas geram uma demanda maior por terras para plantio destes produtos. Este fator já resulta em uma disputa de terreno entre a agricultura e a pecuária em países como os EUA.

Este ainda não é um problema brasileiro, pelo menos a curto prazo, é o que diz Mendonça de Barros. Para o professor, o Brasil ainda utiliza menos da metade dos hectares disponíveis para plantio ou pastagem. Além disso, o país tem conseguido na última década expandir sua produção de insumos agrícolas sem ter de aumentar a área utilizada para este fim. Ele ainda ressalta que o sistema de confinamento de gado auxilia para que a área de produção bovina fique restrita, mas com uma produção equivalente ou melhor que a obtida com a cria a pasto.

A InterConf segue até o dia 16, com mais palestras e discussões com temas interessantes ao setor produtivo da carne, com principal foco no sistema de produção intensiva. Para neutralizar a taxa de carbono emitido durante sua realização, o evento plantará 108 árvores nativas do cerrado brasileiro.

As informações são da assessoria de imprensa da Conferência Internacional dos Confinadores – InterConf

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