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Abisolo lança Plano Biomassa buscando a melhoria do solo brasileiro

Iniciativa pioneira, e que pretende incrementar o uso de Insumos de Base Orgânica na agricultura, recebe apoio de importantes setores agrícolas como o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) e Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo ( SAA).

O Plano foi elaborado por diversos profissionais do setor de insumos de base orgânica, seja da área produtiva, pesquisa ou pública, e trata-se de um conjunto de diretrizes que visa destravar e criar estímulos para o setor. “Após aprovação e aclamação do Plano junto aos diversos stakeholders, formou-se um Comitê Gestor, composto pelo Mapa, Embrapa, Abag, SAA/SP e Abisolo, que é responsável pela implantação do mesmo”, comenta Carlos Mendes, Coordenador do Plano Biomassa.

No atual cenário promissor da agricultura brasileira lid erado pelas culturas da soja, milho, cana-de-açúcar, café e algodão principalmente, que demandam crescentes usos de insumos, cria-se a oportunidade para o setor investir em tecnologias de produção que resultem em produtividade e qualidade de produtos.

O presidente da Abisolo, Guilherme Romanini destaca outro ponto importante, na mitigação de emissões de gases no efeito estufa, ou seja, o Plano ajudaria na manutenção e aumento do Carbono no solo. “O incentivo a utilização dos fertilizantes orgânicos nos solos brasileiros reflete positivamente no meio ambiente e na sustentabilidade econômica do país, que devido a empregabilidade de técnicas de transformação de subprodutos em novos produtos, afere menores danos ambientais, colaborando para a mitigação dos gases de efeito estufa e para um nova cadeia produtiva, gerando mais empregos e serviços”, pontua Romanini.

É a primeira iniciativa tomada na história do País visando criar incentivos e remover barreiras para o crescime nto e consolidação deste segmento. “Já estamos colhendo frutos desta ação, como no caso da inclusão dos insumos de base orgânica condicionador de solo e substrato no convênio 100/97 do ICMS. Outros entraves legais a serem negociados, e novos mecanismos de estímulo, que estão na mira do Comitê Gestor, devem ser os próximos passos a serem tomados”, conclui Mendes.

As fontes de biomassa mais utilizadas na agricultura são: bagaço de cana, serragem e casca de madeira, bagaços vegetais diversos, além de outros. Estes resíduos eram destinados exclusivamente para o uso agrícola até alguns anos atrás. Tal fato contribuiu para a falta de matéria orgânica para a agricultura nacional, pois a maior parte das matérias-primas hoje disponíveis (resíduos, bagaços e cascas de árvores) está sendo utilizada como fontes de energia alternativa.

Com isso, a agricultura e mais especificamente, o setor produtivo de fertilizantes orgânicos, substratos e condicionadores de solo vêm sofrendo as consequências, pois utiliza estas fontes na produção de insumos para a melhoria das propriedades física, química e biológica dos solos e sistemas produtivos. O aumento dos custos para aquisição de matérias-primas atingiu o limite que o setor pode absorver, uma vez que o poder de compra do setor agrícola é reduzido quando comparado ao setor energético.

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