O Preço da Liquidação das Diferenças (PLD), que serve de indicador para o valor-teto de venda do megawatt-hora (MWh) no mercado spot, vale R$ 35,76 até a próxima sexta-feira (15/01) no mercado onde ficam as usinas de cana cogeradoras dos estados das regiões Sudeste/Centro-Oeste.
Os R$ 35,76 representam 986% menos que os R$ 388,48 do PLD vigentes na primeira quinzena de janeiro de 2015.
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O PLD é calculado semanalmente pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Segundo a CCEE, o PLD de até sexta-feira (15/01) foi fixado em R$ 35,76/MWh no Sudeste/Centro-Oeste e no Sul, redução de 22% frente ao valor da semana anterior. O preço também caiu no Norte (-23%) e no Nordeste (-10%), ficando em R$ 85,28/MWh e R$ 318,24/MWh, respectivamente.
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Motivo da queda
As afluências previstas para janeiro foram elevadas de 85% para 92% da Média de Longo Termo (MLT), com acréscimo de 6.600 MWmédios de energia ao Sistema.
As ENAs esperadas para o período subiram em todas as regiões, ficando acima da média no Sudeste (102% da MLT) e no Sul (214% da MLT). A expectativa para as afluências subiu de 26% para 29% no Nordeste e passou de 27% para 30% da média histórica no Norte.
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Os limites de recebimento de energia do Nordeste continuam sendo atingidos, deixando o PLD desse submercado diferente dos demais. O envio de energia do Sul para o Sudeste foi reduzido e o limite de intercâmbio entre eles deixa de ser atingido, resultando na equalização do preço nesses submercados.
Os níveis de armazenamento esperados para os reservatórios do SIN ficaram cerca de 1.500 MWmédios acima do esperado com elevação registrada em todos os submercados, principalmente no Sudeste. Esse acréscimo no armazenamento do Sistema foi possível em função do aumento nas afluências e do despacho térmico adicional.
Carga
A previsão de carga de energia para a terceira semana de janeiro não foi alterada em relação à semana anterior.
O fator de ajuste do MRE esperado para janeiro é de 79,2% com os Encargos de Serviços do Sistema – ESS estimados em R$ 987 milhões, sendo R$ 891 milhões referentes à segurança energética. A elevação do valor se deve à redução do PLD no período, uma vez que o encargo é valorado pela diferença entre o custo das usinas despachadas e o preço de liquidação das diferenças. Os custos decorrentes do descolamento entre o CMO e o PLD são estimados em R$ 3,57 milhões para janeiro, sendo previstos apenas no Nordeste.