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Pesquisas estudam transgenia e genoma da cana

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Em 2013, o IBGE prevê uma área recorde da atividade agrícola no país de 67,7 milhões de hectares. Cruzando o dado do IBGE com o da consultoria Céleres, chega-se à conclusão de que os transgênicos responderão por 54,8% de toda a área cultivada na safra 2012/2013 no país. Segundo a Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem), a biotecnologia no campo geraram um lucro adicional de 14,5 bilhões de dólares aos produtores brasileiros nas últimas safras. Mas a cana ainda caminha em busca dessa tecnologia através de entidades de pesquisas. Segundo Monalisa Sampaio Carneiro, pesquisadora do Programa de Melhoramento Genético da Cana-de-Açúcar (PMGCA) da Universidade Federal de São Carlos, UFSCar, são várias as instituições que desenvolvem pesquisas em biotecnologia na área da cana, entre elas está a Rede Interuniversitária de Desenvolvimento do Setor Sucroenergético (Ridesa) formado por 10 universidades, a UFSCar é uma delas.

Monalisa explica que os pesquisadores seguem duas vertentes importantes em cana-de-açúcar. “A primeira, a cana transgênica, todos os grupos estão buscando obtê-la em diferentes características: tolerância à seca, resistência a insetos, aumento do teor de açúcar, entre outros ganhos”, diz.

Segundo ela, hoje, a contribuição para o teor de açúcar nas variedades comerciais de cana-de-açúcar está em um patamar quase estabilizado e os ganhos que existem são normalmente realizados em função das condições edafoclimáticas (maximizar a interação da variedade com o ambiente). “A biotecnologia pode, por meio da transgenia, introduzir genes que aumentem esse teor de açúcar, por exemplo, e por ganhar em produtividade utilizando a mesma área”.

Mas a biotecnologia oferece também uma técnica menos polêmica que a transgenia, é o desenvolvimento da seleção assistida – marcadores moleculares. “Essa é a segunda vertente das pesquisas e diz respeito ao estudo do genoma da cana. Esses marcadores são importantes porque escaneiam o DNA da cana e com base nessa análise podemos encontrar regiões que propiciem o aumento da produtividade, do teor de açúcar, direcionando assim com maior eficiência os cruzamentos”, salienta.

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