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Perspectivas doces para o futuro do setor bioenergético? 

Confira editorial da edição 348 do JornalCana

Perspectivas doces para o futuro do setor bioenergético? 

Vivemos um momento promissor no setor bioenergético, reflexo não apenas da demanda crescente por produtos mais sustentáveis, mas também da capacidade do Brasil de inovar e adaptar-se às exigências do mercado global.

As perspectivas para o futuro do setor são igualmente doces, se projetarmos o panorama atual para os negócios a serem realizados na próxima safra. Prova disso é que, em 2023, os preços médios, em dólares, foram 24,5% maiores para o açúcar bruto e 19,3% para o açúcar refinado.

Com números surpreendentes relacionados à safra 2023/24, a Colombo Agroindústria ilustra a matéria de capa desta edição e é exemplo da boa fase do setor. Após superar os desafios climáticos de 2021, a companhia investiu significativamente em inovação, planejando uma nova fábrica de açúcar. A marca Caravelas destaca-se nacionalmente, liderando as vendas de açúcar refinado no Brasil.

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Os esforços para recuperar o canavial resultaram em um aumento expressivo na moagem, na produtividade e em toneladas de ATR por hectare. A estratégia focada em açúcar, representando 49,2% da produção, reflete a capacidade da empresa de se adaptar rapidamente às condições de mercado. A trajetória da Colombo Agroindústria destaca-se como exemplo de resiliência e inovação no setor agroindustrial.

A edição também destaca os números referentes à Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio), que completou seis anos desde a sua instituição, pela Lei 13.576, de 26 de dezembro de 2017. O programa já evitou a emissão de 100 milhões de toneladas de CO2 equivalente, de janeiro de 2020 até agosto de 2023, período em que realmente ocorreram as negociações dos créditos de descarbonização (CBIOs) na bolsa de valores brasileira (B3).

Apesar dos excelentes resultados, a política enfrenta desafios, como tentativas de desconfiguração por parte de algumas distribuidoras que buscam favorecer os combustíveis fósseis. Nesta edição, em entrevista exclusiva ao JornalCana, Miguel Ivan Lacerda de Oliveira, considerado o “pai” do RenovaBio, destaca a necessidade de algumas alterações, como a desoneração tributária do CBIO e a ampliação do programa para além da usina, marcando o uso da terra e a geração de bioenergia. Ele ressalta que as ações para desestruturar políticas de captura de carbono são retrógradas e prejudiciais ao país e ao mundo.

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Ainda neste contexto, Paulo Costa, Coordenador do Departamento de Desenvolvimento Sustentável na Mineração (SGM) do Ministério do Meio Ambiente (MME), oferece insights detalhados sobre os Créditos de Descarbonização (CBIOs). Costa ressalta o rápido crescimento do mercado, com expectativa de negociação de 77,9 milhões de CBIOs em 2023, e a importância da estabilidade regulatória para a robustez contínua do RenovaBio, destacando o risco regulatório como um desafio persistente.

Entretanto, apesar das conquistas notáveis, desafios persistem. Mudanças climáticas, questões logísticas e oscilações nos preços das commodities são fatores que demandam atenção constante. Nesse contexto, a busca por práticas agrícolas mais eficientes e sustentáveis é crucial, não apenas para a resiliência do setor, mas também para garantir que a produção de cana-de-açúcar continue sendo uma força positiva para o meio ambiente. Nesta edição, o leitor poderá conferir as ações em que as usinas e os produtores estão investindo nesse sentido.

Além disso, traz também os premiados no MasterCana Award e MasterCana Brasil e detalhes sobre o Road Show da Transformação Digital no Nordeste.

É muito conteúdo interessante.

Boa leitura.

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