Cogeração

Montadora chinesa planeja fábrica de elétricos no Brasil até dezembro

Etanol está inserido nos planos da BYD, que deverá investir cerca de R$ 3 bilhões para instalar três fábricas na Bahia

Montadora chinesa planeja fábrica de elétricos no Brasil até dezembro

Entre as quatro maiores montadoras de veículos do mundo, a chinesa BYD pretende fincar raízes no Brasil, e planeja até dezembro a implantação de uma fábrica de veículos elétricos no país. O anúncio foi feito pela vice-presidente global da empresa, Stella Li, durante lançamento do híbrido Song Plus DM-i e do elétrico Yuan Plus, no último dia 16.

De olho no futuro, a montadora pretende adotar em seus veículos elétricos o conceito chamado “Vehicle to Load”, que nada mais é do que usar a bateria do veículo para conectar aparelhos como luzes, laptops, ou até mesmo refrigeradores, garantindo que os veículos se tornem baterias capazes de serem usadas em qualquer lugar.

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Stella Li

Extrapolando o conceito, a BYD também enxerga a possibilidade de atuar no Vehicle to Grid, um conceito que permitiria usar a energia armazenada na bateria de carros para abastecer a própria rede elétrica em momentos de pico e, assim, economizar energia. A idéia ainda nem está regulamentada, já que a atual legislação ainda não permite que veículos elétricos joguem energia na rede.

Mas a montadora vê nessa questão a oportunidade para ganhar mais espaço. A empresa, que começou sua operação comercial no Brasil em 2021, planeja ter 45 concessionárias abertas até o fim deste ano e, mais do que isso, produzir localmente.

Na última semana, assinou um protocolo de intenção com o Governo da Bahia, que prevê o investimento de R$ 3 bilhões para instalar três fábricas no estado, que devem gerar 1.200 empregos diretos durante o período de implantação.

As unidades, segundo o governo local, vão produzir chassis de ônibus e caminhões elétricos, além de veículos de passeio e de processar lítio e ferro fosfato.

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A BYD investe tanto em híbridos quanto em veículos puramente elétricos. É um estágio transitório, segundo Li, para suprir a demanda enquanto ainda não há um volume adequado de carregadores em todo o país. E no qual o etanol, principal alternativa à gasolina no Brasil, hoje, está inserido.

“O nosso grande objetivo é contribuir para a mobilidade sustentável e eficiente no Brasil. Nós vemos a clara possibilidade de substituir frotas inteiras de ônibus e de carros por aplicativo por elétricos. Vamos trabalhar nisso, de olho não só em reduzir emissões no Brasil, mas em tornar a vida das pessoas melhor”, diz Li.

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