O desenvolvimento do setor de bioeconomia e transição energética é um dos eixos do programa Nova Indústria Brasil (NIB), lançado nesta segunda-feira (22) pelo Governo Federal, durante reunião do Conselho Nacional do Desenvolvimento Industrial (CNDI), no Palácio do Planalto.
Em sua apresentação, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), explicou que para os combustíveis a meta é ampliar para 15% a mistura de biodiesel no diesel em 2025, e elevar a mistura do etanol à gasolina de 27,5% para 30%.
O governo pretende reduzir em 30% a emissão de carbono da indústria nacional, que está em 107 milhões de toneladas de CO2 por trilhão de dólares produzido. A meta é ampliar em 50% a participação dos biocombustíveis na matriz energética de transportes. Atualmente os combustíveis verdes representam 21,4% dessa matriz.
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Em dezembro, o Governo Federal decidiu aumentar, a partir de março de 2024, a mistura obrigatória do biodiesel nos combustíveis para 14%. Atualmente, há 12% de biodiesel em cada litro de diesel vendido nos postos de combustíveis brasileiros. Essa medida está prevista no Projeto de Lei Combustível do Futuro, apresentado pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
Por isso, segundo Alckmin, haverá investimento para desenvolvimento e implementação de sistemas de propulsão a biocombustíveis, elétrica, híbrida e demais combustíveis que reduzam a emissão em relação à gasolina, ao diesel e ao querosene de aviação.
Além disso, serão financiadas frentes para veículos associados a soluções sustentáveis e inteligentes com redução de emissões, incluindo, aeronáuticos e marítimos.
Essas ações fazem parte do programa Nova Indústria Brasil (NIB) que pretende investir até R$ 300 bilhões no setor da indústria até 2026.
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O plano tem como centro, metas e ações que, até 2033, pretendem estimular o desenvolvimento do país por meio de estímulos à inovação e à sustentabilidade em áreas estratégicas para investimento.
Tudo a partir, segundo o Planalto, de um amplo diálogo entre o governo e o setor produtivo, em direção à chamada neo-industrialização – modernização e evolução da indústria -.
A transformação digital também será um dos focos do programa, e tem como meta tornar a indústria mais moderna e disruptiva. Atualmente, 23,5% das empresas industriais estão digitalizadas. A meta é ampliar para 90%, e triplicar a participação da produção nacional nos segmentos de novas tecnologias.
Serão priorizados investimentos na indústria 4.0 [quarta revolução industrial, que abrange inteligência artificial, robótica, internet das coisas e computação em nuvem] e no desenvolvimento de produtos digitais e na produção nacional de semicondutores, entre outros.