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Ministro discute relações de trabalho com executivos do setor

Elizabeth Farina, da Unica
Elizabeth Farina, da Unica

Modernizar as relações de trabalho por meio de três eixos: consolidação dos direitos trabalhistas, maior segurança jurídica e geração de novas oportunidades de emprego. Esta foi a mensagem do ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, ao se encontrar com os executivos das maiores unidades produtoras de cana do Brasil, durante reunião do Conselho Deliberativo da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), realizado dia (22/11), na sede da entidade, em São Paulo (SP).

Acompanhado dos chefes de Gabinete e de Gabinete Adjunto, Willis Taranger e Pabro Antônio Tatim, o ministro, recebido pelo presidente do Conselho Deliberativo da UNICA, Pedro Mizutani, e pela presidente da entidade, Elizabeth Farina, comentou o objetivo do diálogo do Ministério do Trabalho com entidades profissionais e sindicatos no País, destacando que “não há do lado patronal a intenção de retirar direitos, mas sim procurar maior segurança jurídica”.

Durante o encontro, que teve a presença de mais de 20 conselheiros, diretores e técnicos da UNICA, a presidente da entidade, Elizabeth Farina, fez uma apresentação com números que ilustram a importância do segmento sucroenergético para o desenvolvimento socioeconômico do Brasil, principalmente e para a geração de empregos e renda.

A executiva mostrou a evolução do salário médio na cadeia da cana desde 2005, ressaltando que neste período houve um aumento de 70% na remuneração real dos trabalhadores do setor. Reajustes concedidos e mudança no perfil da mão-de-obra (redução de cortadores de cana e aumento de operadores de máquina em função da mecanização) vêm ampliando consideravelmente o rendimento médio na atividade canavieira.

“Diariamente, 2,5 milhões de trabalhadores brasileiros tiram o seu sustento da cana, direta e indiretamente. A iniciativa privada e o Governo devem somar esforços para preservar e incrementar este número, principalmente diante da crise que afeta a economia, impactando a indústria da cana, que amarga prejuízos há quase uma década”, avalia a executiva. De 2008 até o momento, cerca de 80 usinas fecharam as portas no país. Em recuperação judicial são aproximadamente 77 unidades produtoras (unidades ativas e inativas).

Elizabeth Farina também apresentou elementos que induziram a expansão acelerada da produção de cana no Brasil, desde do Proálcool, quando havia intensa intervenção estatal, passando pelo início da desregulamentação e acesso ao mercado externo de açúcar, até, finalmente, chegar à introdução dos veículos Flex no País, em 2003. Foi destacada a relevância de sete estados do Centro-Sul para a produção nacional de cana-de-açúcar.

Em São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul 919 municípios empregam aproximadamente 838 mil pessoas de forma direta e indireta. No Norte-Nordeste são 1,68 milhão de postos de trabalho na atividade sucroenergética.

As informações são da Unica.

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