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Nitro foca atenção no mercado sucroenergético

Divisão do agronegócio da empresa aposta no segmento de biológicos e nutrição

Nitro foca atenção no mercado sucroenergético

Com mais de 80 anos de tradição no mercado de nitrocelulose, nos últimos cinco anos, a Nitro decidiu diversificar sua área de atuação e mirou no agronegócio.

Neste curto espaço de tempo, a divisão de agronegócios da empresa já figura entre os três maiores players do setor.

Com o radar voltado a ampliar sua participação no segmento sucroenergético, a Nitro promoveu, no dia 27 de fevereiro, o evento “Cana em foco”, onde reuniu produtores e usinas para uma prévia apresentação do seu portfólio de produtos.

O encontro contou com a participação de consultor do Pecege, que trouxe uma análise da safra atual e as perspectivas de mercado para a safra 2024/25.

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Pedro Torsone“Há cerca de cinco anos, a Nitro tomou a decisão de entrar em outros negócios.  E quando foi tomada essa decisão, a empresa criou uma área de novos negócios e montou uma estratégia de tentar verticalizar a cadeia. Foi daí que surgiu o agro. Inicialmente ingressamos no mercado de nutrição, e depois entramos no mercado de biológicos”, explica Pedro Torsone, diretor comercial da Nitro.

O capital da Nitro é 100% brasileiro, uma empresa com receita de R$ 2 bilhões, sendo que somente no agro, faturou R$ 900 milhões, conquistando a posição de segunda ou terceira maior empresa do segmento em quatro anos de atuação.

Fernando Alonso

“A gente investe mais de 80 milhões por ano em capex, em novas fábricas, em inovação, em pesquisa, em desenvolvimento, então realmente a gente tem conseguido construir uma bela empresa. No Brasil são 1600 funcionários e cinco parques fabris do agronegócio”, informa.

Na linha de produtos biológicos, a empresa oferece inseticidas, fungicidas, nematicidas, bioestimulantes, inoculantes, entre outros.

“A Nitro tem o lema de estar ombro a ombro com os produtores rurais, desde desenvolvimento agronômico com muita inovação e serviços de excelência, até apoiá-los em suas decisões econômicas tornando o dia a dia do produtor e da sua fazenda cada vez mais sustentável. Estamos hoje com muitos profissionais para entender as demandas dos clientes e para atendê-los e, assim, conseguir trazer soluções efetivas ao produtor rural. Portfólio amplo, time extremamente técnico e serviços que geram valor pro agronegócio brasileiro”, disse, na ocasião, Mateus Astun Cirino,  gerente Regional SP | PR, da empresa.

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Mateus Astun Cirino

O gerente de desenvolvimento agronômico da Usina São Francisco, Fernando Alonso, afirma que a usina já mantém uma relação antiga com a Nitro.

“Nossa relação vem da Biocontrol, que deu origem à Nitro. De certa forma, a usina incentivou a empresa multiplicar o uso da cotesia, assim como, a produzir microbiológicos, para atender a nossa demanda. O fato de termos migrado de cana queimada para cana verde ocasionou a ocorrência de cigarrinha no canavial e a solução encontrada organicamente para cuidar disso foi o Metarhizium, que foi então o primeiro fungo multiplicado pela Biocontrol”, explicou.

Rodrigo Brotero e esposa

O produtor reforçou que, a partir de então, formou-se uma parceria de grande interesse entre as duas empresas e o incentivo da usina também para a Nitro produzir a Beauveria e posteriormente a Trichoderma. “Continuamos sendo clientes fiéis, porque os produtos têm alta qualidade, e o desempenho é muito satisfatório”, afirmou.

Quem também demonstra satisfação com a linha de biológicos da Nitro é o produtor de Piracicaba – SP, Rodrigo Brotero.

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Ricardo Crestana

“Acredito muito nessa linha de biológicos, que veio para ficar. Estou numa região de terra arenosa, terra mais fraca, e colhi no primeiro ano 142 toneladas por hectare, com um ATR de 137, 138 médio, então estou muito contente”, disse.

O fornecedor de cana Ricardo Crestana, de Pirassununga – SP, que ainda está medindo os resultados, se disse bastante otimista.

“Estou usando os produtos da Nitro aproximadamente dois anos, principalmente no plantio de cana. Estamos usando também no corte-soqueira em algumas áreas para experimentar e também usamos esse ano no plantio de soja e agora no milho safrinha. Olha, a gente está medindo os resultados ainda, mas a gente está bem otimista”, disse o produtor.

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