No segundo trimestre da safra 2023/24, o CTC- Centro de Tecnologia Canavieira registrou lucro líquido de R$ 39,1 milhões, com crescimento de 54,9% em comparação ao mesmo período da safra passada.
O segundo trimestre da safra foi marcado por números positivos para a empresa, que encerrou o período com caixa de R$ 327,7 milhões, valor 6,1% superior ao de igual período da safra 2022/23.
O EBITDA foi de R$ 40,2 milhões, aumento de 3,2% em relação ao 2T23, com margem de 45,1%, 2,5 pontos percentuais acima ao de igual período da safra passada. A receita líquida totalizou R$ 89,2 milhões, com queda de 2,6% em relação ao 2T23.
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“Os números espelham a robustez operacional da empresa”, comenta Denise Francisco, diretora Financeira e de Relações com Investidores do CTC. “Seguimos avançando em nossas metas de desenvolvimento”, diz a executiva, que cita como destaque a comercialização de cultivares de maior valor agregado e alta tecnologia, como as variedades de elite e geneticamente modificadas, responsáveis pelas maiores margens de contribuição para os resultados da empresa.
Na bancada dos cientistas do CTC estão hoje pesquisas estratégicas para o avanço do setor sucroenergético, como o projeto Sementes, a expansão das variedades OGMs e o programa de melhoramento genético. Os investimentos e despesas de P&D somaram R$ 49,9 milhões no trimestre, que representam crescimento de 8,3% em relação ao 2T23. Nos últimos dez anos, o CTC investiu R$ 1,3 bilhão de reais em pesquisa e desenvolvimento.
Ao levar ao mercado variedades de cana mais produtivas, eficientes e sustentáveis, o CTC contribui para o avanço do país na transição energética e no cumprimento das metas climáticas, como provedor de energias limpas e renováveis – etanol e bioeletricidade -, além de líder mundial de açúcar.
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Market Outlook
A produtividade dos canaviais brasileiros, na safra 2023/24, vem sendo superior à dos últimos 20 anos, com perspectivas recordes para o setor sucroenergético. Na região Centro-Sul, a produtividade agrícola (toneladas por hectare) acumulada tem alta de aproximadamente 21,5% comparada ao mesmo período do ano anterior.
O ATR (Açúcar Total Recuperável) acumulado, que representa a qualidade da matéria-prima, na ordem de 136,6 kg/tonelada de cana, foi praticamente igual no comparativo com o registrado em 2022/23, com variações inferiores para a maioria das regiões produtoras devido ao maior volume de chuvas, com precipitação cerca de 38,5% acima da média histórica e 30,5% acima do acumulado na safra passada, o que diminui o nível de sacarose da cana.
Mesmo mantendo linearidade nos níveis de ATR, a precipitação recorde vem melhorando o armazenamento de água do solo, impulsionando, além das toneladas de cana por hectare, o TAH médio (Tonelada de Açúcar por Hectare) de 10,2 até o 2º trimestre de 2022/23 para 12,4 em 2023/24, incremento de 21,5% no comparativo anual.