Cogeração

Matriz Energética se mantém estável, em ano marcado pela retomada da geração renovável

Edição da Resenha Energética Brasileira 2023 traz panorama consolidado do Brasil em 2022

Matriz Energética se mantém estável, em ano marcado pela retomada da geração renovável

O Ministério de Minas e Energia (MME) divulgou a Resenha Energética Brasileira 2023, que traz como base os dados referentes ao ano de 2022. O ano passado foi pautado pela retomada da geração hidráulica que, no ano anterior, havia enfrentado uma escassez de chuvas.

O documento apresenta um panorama do setor energético brasileiro do ano anterior, com o objetivo de revisar e documentar a evolução da oferta e da demanda de energia, da infraestrutura e de diversos dados complementares.

Na Matriz Energética, de 2021 para 2022, ao se considerarem as fontes renováveis, os números retratam uma pequena redução na participação de lenha e carvão vegetal, de 0,5%, e de derivados da cana, de 5,5%. Por outro lado, observa-se um aumento de 14,0% na fonte hidráulica. Adicionalmente, as fontes eólica e solar aumentaram 12,9% e 51,5%, respectivamente, o que resultou em um aumento de 20% em “outras renováveis”.

Já na Matriz Elétrica, a geração hidráulica avançou 17,7%, com a eólica crescendo 12,9% e a solar avançando expressivos 79,8%.

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Como consequência, o índice de renovabilidade da matriz energética atingiu 47,4% (contra 14,4% no mundo em 2021) e 87,9% no caso da matriz elétrica (contrastando com os cerca de 28,0% no mundo).

A Oferta Interna de Energia se manteve praticamente estável em relação a 2021, atingindo 303,1 milhões de toneladas equivalentes de petróleo (tep), frente aos 303,2 milhões de tep do ano anterior, segundo revisão realizada pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

A oferta total de bioenergia, em 2022, foi de 95,1 Mtep (1.902,4 mil bep/dia). Esse montante corresponde a 31,4% da matriz energética brasileira (31,2%, em 2021; e 29,3%, em 2015). Os produtos da cana (bagaço e etanol), com 46,7 Mtep, responderam por 49,1% da bioenergia e por 15,4% da matriz (OIE). A lenha, com 27,3 Mtep, respondeu por 28,7% da bioenergia e por 9,0% da matriz. Outras bioenergias (lixívia, biogás, resíduos de madeira, resíduos da agroindústria e óleos vegetais), com 21,1 Mtep, responderam por 22,2% da bioenergia e por 7,0% da matriz.

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Na composição da oferta de produtos da cana, o etanol respondeu por 16,9 Mtep (36,1%), e o bagaço de cana respondeu por 29,8 Mtep (63,9%). Na matriz energética brasileira, o bagaço de cana representou 9,8% e o etanol, 5,6%.

A Resenha Energética Brasileira é uma publicação anual do Departamento de Informações, Estudos e Eficiência Energética, da Secretaria Nacional de Transição Energética e Planejamento. Este ano, a Resenha inclui adicionalmente o tema Eficiência Energética, disponibilizando também uma plataforma virtual para apresentação dos dados, em formato de relatórios interativos, cujo acesso se dá a partir do endereço eletrônico do MME.

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