Ainda se recuperando dos problemas causados pelo incêndio que afetou seu terminal portuário em Santos, no litoral paulista, a Copersucar, encerrou o exercício 2013/14, em 31 de março passado, com resultado operacional e lucro líquido maiores que em 2012/13.
A maior trading de açúcar e etanol do mundo fechou o último exercício com lucro líquido de R$ 79 milhões, 16,17% maior que no ciclo anterior, quando o valor foi de R$ 68 milhões. Se considerado o prêmio de 2% sobre as cotações calculadas pela Esalq para açúcar e etanol pago antecipadamente às usinas sócias, o resultado líquido “ajustado” foi positivo em R$ 208 milhões, 3,48% superior ao de 2012/13 (R$ 201 milhões).
A Copersucar credita os resultados as oportunidades geradas no primeiro trimestre de 2014 pela variação das cotações internacionais do açúcar e pelas nevascas que atingiram regiões dos Estados Unidos.
Em entrevista ao Valor Econômico, Paulo Roberto de Souza, presidente da Copersucar, diz que o incremento decorreu sobretudo das decisões tomadas pela empresa sobre o açúcar. “Quando o açúcar desceu a 15,30 centavos [de dólar por libra-peso na bolsa de Nova York], nossa leitura de mercado foi que haveria uma inversão. Assumimos uma posição comprada [que aposta na alta] e acertamos, pois os preços bateram 18 centavos”.
A Copersucar movimentou um total de 8,6 milhões de toneladas de açúcar em 2013/14, aumento de 10,25% na comparação com o ciclo anterior. Já a movimentação de etanol a partir do Brasil cresceu 8,8% na comparação, para 4,9 bilhões de litros, enquanto nos Estados Unidos, por meio da controlada Ecoenergy, aumentou 30,7% e atingiu a 6,9 bilhões de litros. Ao todo, foram 11,7 bilhões em 2013/14, ou 11,3% da produção mundial.