Com a previsão de uma moagem histórica, de 1 milhão 430 mil toneladas de cana moída na safra 2022/23, a Usina Cucaú, do Grupo EQM, localizada no município de Rio Formoso, região da Zona da Mata Sul do Estado de Pernambuco, comemora os seus 132 anos de história, completados no último dia 16 de fevereiro.
Segundo o presidente do Grupo EQM, Eduardo de Queiroz Monteiro, o empreendimento é beneficiado por uma topografia favorável e boa localização para o escoamento da produção.
“Situada no bioma da Mata Sul, portanto, um bioma mais úmido, de solos férteis, é uma usina privilegiada na sua topografia”, disse Monteiro em entrevista à Folha de Pernambuco.
De acordo com o superintendente da Cucaú, Fernando Lins, a capacidade de processamento diário da usina está sendo de 11 mil toneladas de moagem de cana, 20 mil sacos de açúcar de 50 quilos, 500 mil litros de etanol hidratado e 250 mil litros de etanol anidro.
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Na avaliação do engenheiro industrial Ricardo Rocha, a safra está sendo positiva, mesmo com alguns desafios. “Devemos bater o recorde de moagem semanal, com 66 mil toneladas moídas, mesmo com as chuvas acima da média na Mata Sul – o que tem redobrado os nossos desafios”, declarou.
Além de ser uma produtora de cana, açúcar e etanol, a Usina Cucaú é também uma grande produtora de ações que valorizam e cuidam do meio ambiente.
Detentora de mais de 6 mil hectares de área de Mata Atlântica preservada, a usina está em busca da formalização de uma área de Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN). A área a ser preservada tem aproximadamente 872 hectares da Mata do Jaguarão, fazendo com que sejam direcionadas ações de cuidado, reflorestamento e conscientização sobre a manutenção dos biomas.
Segundo a diretora de gestão de pessoas do Grupo EQM, Cláudia Dantas, a Usina Cucaú tem trabalhado sob os pilares e critérios da sustentabilidade ambiental, social e da governança corporativa. “Na Cucaú, o grande diferencial está nas pessoas. O senso de pertencimento e o laço de afetividade dos funcionários com a empresa é uma característica muito forte na nossa cultura organizacional. As pessoas têm a empresa como sendo parte da vida delas e se sentem orgulhosas de fazerem parte dessa história”, acrescenta Cláudia.
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Fundada em 1891 pela Companhia Geral de Melhoramentos, a usina passou por um processo de expansão e uma nova fase ao ser adquirida pelo empresário Armando de Queiroz Monteiro no ano de 1943. Na ocasião, a aquisição teve o objetivo de modernizar toda a estrutura para transformar o equipamento em uma das maiores produtoras de açúcar e etanol do Estado de Pernambuco.
O legado moderno na Cucaú deixado por Armando de Queiroz Monteiro, que faleceu em 1989, foi repassado para outras gerações da família, como os filhos Armando, Múcio e Rômulo.
O primogênito Armando Monteiro Filho, que já atuava com o seu pai, liderou e diversificou os negócios da família entre os anos de 1960 e 1990. Enquanto isso, Rômulo Monteiro, engenheiro agrônomo de formação, contribuiu significativamente com a consolidação do parque agroindustrial. Já Múcio Monteiro também teve ativa e exitosa participação na gestão da usina.
A passagem da administração e modernização da usina ocorreu nos anos seguintes, quando no ano 2000 o empresário Eduardo de Queiroz Monteiro, presidente do Grupo EQM e filho de Armando de Queiroz Monteiro Filho, adquiriu o controle acionário da empresa. Um novo tempo, então, se iniciou na Usina Cucaú. Com uma gestão moderna e arrojada, Eduardo investiu no campo, expandiu a capacidade produtiva da fábrica, modernizou as instalações e promoveu uma reestruturação administrativa capaz de trazer Cucaú ao patamar atual de uma empresa sólida, competitiva, ambiental e socialmente sustentável.
E a estratégia vem dando frutos, tanto que no ano passado, o Grupo EQM conquistou o troféu MasterCana Brasil 2022, na categoria “Preservação ambiental”, na vertente Performance.