Gestão Administrativa

Com crescente crise energética, manutenção sem paradas é tendência no setor

Com crescente crise energética, manutenção sem paradas é tendência no setor

Muito se questiona na possibilidade de se estender a safra para os 360 dias do ano nas usinas do setor sucroenergético. A questão foi levantada ao JornalCana por José Ieda Neto, consultor industrial da Inel Engenharia, com larga experiência no segmento. Essa revolução já deve começar agora, segundo Neto, com capacitação de pessoas e adaptações tecnológicas. “Somente a fabricação de açúcar e etanol não pagam as contas. Na entressafra é a melhor época para se produzir energia do bagaço. As paradas deverão ser repensadas e durar no máximo uma semana”.

De acordo com o consultor da Inel, é muito cara a manutenção industrial e está se tornando inviável. “O setor terá que agregar outros produtos para ajudar no seu orçamento como a cogeração e o etanol de segunda geração. Também vejo que as usinas ainda poderão no futuro processar soja, milho”, avalia.

Mauro Moratelli_TGMA Empresa TGM, fornecedora de produtos e serviços ao setor acredita ser possível haver moagem constante no futuro próximo, dados os avanços no setor agrícola e da crescente crise energética. “Inclusive possuímos clientes em ramos de atuação diferente do sucroenergético que já operam durante todo o ano, com paradas programadas de poucos dias, onde não seria possível fazer a manutenção de todos os equipamentos em somente 10 ou 15 dias”, segundo Mauro Moratelli, gerente comercial de Serviços e Leonardo Matos, gerente de Serviços da TGM.

Leonardo Matos_TGM - Cópia

De acordo com os gestores, isso é perfeitamente aplicável ao mercado sucroenergético, por isso a TGM recomenda a modalidade de Contrato de Longo Prazo (CLP), onde coloca-se em prática a manutenção preditiva e operação assistida junto ao cliente, monitorando a operação dos equipamentos e determinando o momento exato de troca ou reparo de componentes. “Com isso, diminuímos os níveis de incertezas ao final da operação do equipamento e teremos conhecimento prévio do que precisará ser feito, qual será o prazo e qual será o custo. E, seguramente, o custo de uma manutenção preditiva é muito menor do que de uma manutenção corretiva”, admitem.

Manuntenção 1

Eles explicam que é uma prática comum no setor sucroenergético fazer as manutenções no período da entressafra. “Entretanto, como os tempos entre as safras são cada vez mais curtos, é crescente a quantidade de clientes que opta pela manutenção preditiva, através da modalidade de Contrato de Longo Prazo (CLP).  Na manutenção preditiva o cliente opta por manter em sua planta um estoque mínimo de peças de reposição para uma rápida manutenção. Dessa forma, ao se detectar, o desgaste de algum componente durante as análises, é possível em alguma parada programada durante a safra ou mesmo no final da safra, para substituição somente do componente desgastado. Nessa modalidade é reduzido, drasticamente, o tempo de serviços durante a entressafra, havendo até a possibilidade de não se fazer nenhuma intervenção nos equipamentos com o final da safra, reduzindo custos e antecipando a preparação para o próximo ano”, confirmam.

2012-05-29 Caldeira Bagaço Noturna Arte

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