O 1º Fórum de Desenvolvimento Sustentável do oeste paulista: Biometano e novas oportunidades, foi realizado, recentemente, reunindo no Centro Cultural Matarazzo, em Presidente Prudente – SP, mais de 300 participantes, entre eles empresários, comerciantes, agricultores, autoridades, profissionais, universitários e sociedade civil de municípios do Pontal do Paranapanema e dos estados de São Paulo e Paraná, em busca de catalisar discussões produtivas, promover conscientização sobre o potencial do biometano e inspirar ações concretas em direção a um futuro mais sustentável.
O evento foi uma iniciativa conjunta da Cocal, UEPP (União das Entidades de Pres. Prudente e região) e Senai Presidente Prudente, com apoio do governo municipal, Deputado Mauro Bragato e entidades prudentinas.
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O fórum foi dividido em seis painéis em que foram discutidos métodos de produção do combustível a partir de diferentes fontes de matéria orgânica, como resíduos agrícolas e urbanos; tecnologias e inovações; oportunidades de mercado; aspectos econômicos e regulatórios; desafios e soluções; e parcerias com empresas do setor energético, governos e organizações não governamentais para impulsionar o crescimento sustentável do setor na região.
Durante a abertura, o presidente da UEPP, Renato Michelis, ressaltou que a ideia do fórum surgiu após uma conversa informal com o deputado estadual Mauro Bragato, e que levou cinco meses para ser organizado. “Esperamos a partir da realização deste fórum, iniciar uma evolução no desenvolvimento econômico e social de nossa região com a inovação e ampliação de novas potencialidades produtivas”, disse.
Em seguida, o diretor superintendente da Cocal, Luiz Scartezini, destacou o conceito que economia circular adotado pela empresa em seus processos para a produção de açúcar, etanol, energia elétrica, biometano, CO2 verde, biofertilizantes, tudo a partir da cana-de-açúcar.
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“Na Cocal temos a crença do potencial e futuro da cana-de-açúcar. Essa planta consegue transformar a energia que vem do sol em combustível, alimento, energia elétrica e biogás. Há 43 anos a Cocal faz uso da produção dessa cultura, gerando empregos e renda, melhorando a vida das pessoas da região, principalmente, dos nossos mais de 5 mil colaboradores que nos apoiam e fazem com que isso aconteça. A gente acredita na economia circular e acho que Prudente está saindo na frente, está mostrando que, mais do que uma promessa, o biometano já é uma realidade e a Cocal está nessa realidade”, explica.
Para o diretor comercial e de novos produtos da Cocal, André Gustavo Silva, o fórum foi uma excelente oportunidade para mostrar os novos produtos verdes da empresa. “O nosso objetivo é que cada vez mais empresas do oeste paulista sigam nesse caminho da descarbonização, com a troca de combustíveis não sustentáveis pelo nosso biometano. Serão muitas oportunidades e estaremos ao lado dos novos clientes para apoiá-los em todas as fases da transição energética, e assim, permitindo que fortaleçam ainda mais seus respectivos negócios”, comentou.
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Gabriel Kropsch, fundador da Associação Brasileira do Biogás (ABIOGÁS), abriu o primeiro painel. Em sua abordagem, ele salientou que, por ser 100% renovável e muito competitivo em termos de eficiência energética, esse tipo de combustível traz redução de custos e emissões. “Muitas empresas se veem na busca pela descarbonização, mas temem pelo alto valor; no caso do biometano há a possibilidade de reduzir emissões e custo operacional com a substituição de fontes fósseis”, frisou.
Um outro ponto destacado foi como as empresas instaladas na região podem adquirir energia elétrica renovável e garantir uma produção sustentável. De acordo com o gerente comercial de energia elétrica da Cocal, Wilson Castro, é possível agregar nas indústrias da região e grandes consumidores, uma fonte de calor renovável (biometano) e a bioeletricidade, dentre outras.
Por ser um dos movimentos mais comentados da atualidade, o ESG (Environmental, Social and Governance – Ambiental, Social e Governança) também foi abordado. A gerente sustentabilidade da Copersucar, Beatriz Milliet, informou que as emissões de carbono ocupam lugar de destaque dentro dos pontos ESG das empresas, especialmente no quesito ambiental da sigla.
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“Além de benéfica ao ambiente, ao optar por fontes renováveis, há uma considerável redução da pegada de carbono do produto, a depender do ramo de atuação, bem como, comportamentos que demonstrem atenção e compromissos ESG são cada vez mais avaliadas e reconhecidas por parceiros de negócios, incluindo clientes e bancos, e pode representar importante diferencial competitivo, especialmente para empresas médias e pequenas”, destacou.