Agricultura

Cinco perguntas para André Rocha

Cinco perguntas para André Rocha

Presidente do Sindicato da Indústria de Fabricação de Etanol do Estado de Goiás (Sifaeg), André Rocha também preside o Fórum Nacional Sucroenergético, que tem o objetivo de reunir representantes do setor e do governo.

1 – Melhorou a relação com o governo federal?

Sim. A interlocução com o governo melhorou muito, desde o ano passado, mas mais neste ano. A ministra Kátia [Kátia Abreu, da Agricultura] tem nos ajudado bastante, assim como os ministros Aloizio Mercadante [Governo], Armando Monteiro [Desenvolvimento] e Eduardo Braga [Minas e Energia].

2 – Quais as prioridades do setor para serem levadas pelo Fórum ao governo?

Formulamos uma proposta a ser entregue ao governo ainda neste mês. Entre as questões discutidas pelo setor, e que deverão estar contempladas na proposta, está a definição do setor na matriz energética nacional, a desoneração e a tributação do PIS/Cofins.

3 – Sobre a safra 15/16 em Goiás, qual a previsão?

Teremos 38 unidades em safra. Normalmente o grosso das unidades começa na segunda quinzena de abril, com dois terços do total delas. As demais irão moer a partir de maio.

4 – Assim como em outras regiões, será uma safra mais alcooleira?

Na safra 13/14, 76% do mix foi etanol. Na safra 14/15, foram 77%. E na 15/16 deverá ser seguido esse perfil. Aliás, por perfil e logística do estado. E [a safra mais alcooleira] é agravada mais por conta do açúcar [em queda no mercado internacional]. Temos mais destilarias do que usinas em Goiás, até porque foi essa a concepção em termos logísticos. Temos o duto de etanol, que já está em Uberaba (MG), já temos mais ferrovias cortando o estado, e a própria condição do mercado de açúcar não estimula sua produção.

5 – Como é a logística de distribuição do etanol feito em Goiás? 

Goiás é o segundo maior produtor de etanol do Brasil. Fazemos 4 bilhões de litros. Atendemos 100% do mercado consumidor de Goiás e 70% da produção vai para outros estados. Somos um grande provedor de etanol. Devemos também enviar muito etanol para Minas Gerais, por conta da redução do ICMS sobre o hidratado, e também sempre formos grandes provedores de etanol para o Nordeste. Agora, deveremos concentrar mais as vendas de etanol nos estados de São Paulo e de Minas Gerais.

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