O agronegócio está cada vez mais presente no mercado de capitais. O setor sucroenergético, na visão de Alessandro Correia, sócio e head de Agronegócio da Vectis Gestão, está muito bem posicionado, pois acessa esses recursos há mais tempo que outras atividades do agro.
Correia fez avaliação durante participação no painel “Finanças no setor agorenergético”, moderado por Carolina Troster, Sócia da DATAGRO Financial, na 8ª edição do Santander Datagro Abertura de Safra, realizado no início de março em Ribeirão Preto-SP. Também participaram do painel Matheus Licarião, diretor e head de DCM do Santander Brasil; e Luciano Cardoso, superintendente da Marsh Brasil no interior de São Paulo.
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Matheus Licarião disse que os fundos estão em forte recuperação desde agosto do ano passado. “Para o final de 2024, o mercado espera que a Selic fique em 9% ao ano. Essa redução deve fazer o mercado primário se manter forte ao longo do ano”, destacou em sua apresentação.
Ainda de acordo com Licarião, a participação do agro no mercado de capitais de dívida local tem crescido significativamente nos últimos anos. “Em 2017, o agro representava 9,3% do total das emissões. Já em 2023, representou 13,4%”. Luciano Cardoso ressaltou a importância da análise de riscos em um projeto. “A identificação dos riscos deve começar com a compreensão do ciclo de vida e o escopo do projeto os custos de mudança e a correção de erros aumentam à medida que um projeto avança”.
Em suas conclusões, o superintendente da Marsh Brasil destacou que um programa de gerenciamento de riscos pode ajudar na identificação e avaliação dos eventuais perigos associados à construção e operação de uma nova fábrica. “Isso inclui riscos financeiros, operacionais, legais, ambientais e de mercado”.