Mercado

Frente Parlamentar pela Valorização do Setor Sucroenergético é lançada

img9039

O mundo pede por alternativas sustentáveis. O setor sucroenergético as oferece. Contudo, em caminhos diferentes, necessidade e oferta não se encontram e as consequências são graves. Por isso, foi lançada, em 5 de novembro, a Frente Parlamentar pela Valorização do Setor Sucroenergético, iniciativa suprapartidária, que tem como objetivo promover, acompanhar e defender ações e políticas públicas que fortaleçam o setor.

Além de lideranças institucionais, produtores de cana, e representantes da indústria de base do segmento, estiveram presentes na Câmara dos Deputados, em Brasília, DF, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, do senador Aécio Neves (MG), do secretário de Energia do Estado de São Paulo, José Aníbal, e da secretária da Agricultura do Estado de São Paulo, Mônika Bergamaschi.

A frente conta com o apoio de cerca de 300 parlamentares e será presidida pelo deputado federal Arnaldo Jardim, que falou sobre alguns dos objetivos deste trabalho. “É preciso definir regras claras e políticas públicas, especialmente tributárias, que reconheçam os benefícios ambientais e sociais do etanol e da bioeletricidade”, defendeu.

Ao comentar a crise do segmento canavieiro, que provocou o fechamento de várias usinas, Arnaldo Jardim afirmou que a falta de incentivos para que o etanol seja competitivo, além da reformulação de uma política de precificação dos combustíveis, são os principais problemas. “Não é mais possível conviver com a falta de investimentos. Resgatar o etanol é apostar na sustentabilidade ambiental”, disse ele.

Aldair Cândido de Souza, prefeito de Pradópolis, interior de São Paulo, mostrou que os problemas vividos pelos desmandos políticos podem acarretar consequências a toda sociedade. “Diante da queda de arrecadação de ICMS – Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços, estimada em 14%, sofreremos para manter projetos sociais e investimentos nas áreas de saúde e educação. Somos um dos municípios mais penalizados na região. Cerca de 60% da nossa receita é oriunda do processo de industrialização da cana-de-açúcar. Aqui contamos com a Usina São Martinho, uma das maiores do mundo, e que em função da desoneração do etanol, reflete intimamente na pela orçamentaria de 2014”.

Tido como um dos pilares econômicos de muitos municípios brasileiros, o setor conta com mais de 400 unidades industriais e 70 mil produtores independentes de cana. Seu faturamento anual gira em torno de R$ 70 bilhões, gerando mais de 800 mil empregos diretos. Já considerando toda a cadeia produtiva, esse número salta para 2,5 milhões de trabalhadores, e cerca de 4 mil indústrias de base, distribuídos em mais de mil municípios.

img9038

Banner Revistas Mobile