A Aliança Global para Biocombustíveis apresentada no sábado (9) na Cúpula do G20, em Nova Delhi, na Índia, tem como objetivo fomentar a produção sustentável e o uso de biocombustíveis no mundo.
A iniciativa conta com a participação dos três principais produtores de biocombustíveis do mundo – Brasil, Estados Unidos e Índia. A aliança reúne 19 países e 12 organizações internacionais e seguirá aberta a novas adesões.
De acordo com o governo brasileiro, o lançamento é resultado “de ambicioso programa nacional indiano de biocombustíveis, que inclui desde a próxima adoção de 20% de mistura de etanol na gasolina à fabricação de automóveis flex, além do desenvolvimento e produção de biocombustíveis de segunda geração“.
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Para o desenvolvimento dessa política, Brasil e Índia trabalharam juntos tanto no nível governamental como no nível acadêmico, tecnológico e empresarial.
A Agência Internacional de Energia defende que a produção global de biocombustíveis sustentáveis precisaria triplicar até 2030, a fim de que o mundo possa alcançar emissões líquidas zero até 2050.
Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, lembrou que o Brasil já conta com uma solução tecnológica, altamente competitiva e eficiente, que são os veículos flex, lançados em 2003. Segundo ele, o trabalho de cooperação entre Brasil e Índia consolidou o veículo flex e o uso do etanol na gasolina no hemisfério sul.
“A Aliança Global é um momento único do reconhecimento global da importância dos biocombustíveis para que os países possam atingir as metas de serem neutros em carbono. O lançamento consolida o trabalho técnico liderado pelo MME com apoio do setor de etanol e automotivo”, destacou o ministro de Minas e Energia.
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Em nota, o governo brasileiro informa que os biocombustíveis líquidos forneceram mais de 4% do total de energia para os transportes em 2022. “O uso de biocombustíveis na aviação e na navegação, para reduzir as emissões dos respectivos setores, aumentará ainda mais o consumo mundial e a necessidade de ampliação do número de fornecedores”, diz nota do Planalto.
O Brasil produz e utiliza biocombustíveis há 40 anos, “com excelentes resultados, especialmente na criação de empregos e na redução das emissões do setor de transporte”, acrescenta a nota.