O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, participou na sexta-feira (12), ao lado vice-presidente da República Geraldo Alckmin, da inauguração da Usina de Cana da Nardini Agroindustrial em Aporé – GO.
Em seu discurso, o ministro destacou o papel do setor para o Brasil e a importância do etanol na transição energética.
“Fomentar a indústria sucroenergética é prioridade do nosso governo, imprescindível para o Brasil, pois a contribuição que esse setor pode dar ao país é imensa. Desde o primeiro dia do governo, temos trabalhado para que o setor de álcool retome a confiança para investir. Ver o resultado do que estamos fazendo é muito importante. Nossas diretrizes são combater a pobreza energética, estimular fontes renováveis e limpas e promover a inovação e a sustentabilidade”, ressaltou o ministro.
Alexandre Silveira também destacou o trabalho que vem sendo realizado para recuperar a confiança do setor de etanol.
“Suspendemos todas as mudanças em curso para enfraquecer o RenovaBio. Publicamos decreto, assinado pelo nosso vice-presidente, para que o prazo de cumprimento das metas do RenovaBio voltasse a ser anual. Entrega concreta da nossa gestão, retomando o maior programa de descarbonização do mundo”, disse.
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Segundo o ministro, o Ministério de Minas e Energia também tem atuado no para impulsionar o setor do agro e dos biocombustíveis.
“Aprovamos, com a presença do presidente Lula e do nosso vice-presidente Geraldo Alckmin, no nosso primeiro CNPE, o Programa Gás Para Empregar. Com isso, vamos reduzir a dependência externa de fertilizantes, com aumento da oferta de gás natural, construção de infraestrutura, redução de preços e segurança energética e alimentar. Os resultados já começam a aparecer, com o anúncio dos investimentos do BMC-33, que trará 14 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural para a costa. Serão R$ 45 bilhões, incluindo a construção de gasoduto de escoamento que vai chegar em Cabiúnas, Macaé”.
“Destaco também que enviamos o PL do Programa Combustível do Futuro para a Casa Civil. Iniciativa que promove a mobilidade sustentável de baixo carbono e integra o Rota 2030, liderado pelo MDIC, com o programa RenovaBio liderado pelo MME. Com este PL, teremos o marco legal para usarmos todo potencial do nosso país. Teremos as condições para produção em território brasileiro, trazendo investimentos e inaugurando também plantas de bioquerosene de aviação”, afirmou.
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Nesta segunda-feira (15), o ministro voltou a citar o setor, durante o Seminário Brasil Hoje, realizado em São Paulo.
Dessa vez, ele destacou os desafios e oportunidades do Brasil nos setores de energia, petróleo e gás, ressaltando o trabalho realizado pelo governo para que o país seja protagonista na transição energética, mas também avaliou a necessidade de se resolver problemas mais imediatos do setor.
Silveira falou sobre a importância do planejamento estratégico para criar um ambiente seguro e favorável para atrair investimentos no país, apresentando suas grandes potencialidades na geração de energia solar e eólica, por exemplo.
“O Brasil tem potencialidades ímpares neste sentido. Tenho recebido em meu gabinete o mundo inteiro. Hoje de manhã olhei a agenda e vi lá 59 pedidos de embaixadores para poder falar em especial sobre esse tema (transição energética). Nós não podemos perder esta oportunidade, temos que sinalizar de forma clara, com segurança, planejamento. Os investidores do mundo inteiro estão muito atentos ao Brasil, em especial na questão da transição energética, e as portas do Ministério de Minas e Energia sempre estarão abertas e dialogando com o setor privado”, afirmou Alexandre Silveira.
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O ministro ainda falou que, além do desenvolvimento de políticas de médio e longo prazo, o Ministério trabalha para resolver problemas imediatos para reestabelecer a qualidade dos serviços prestados à população.
“Acho que temos problemas mais imediatos que devem ser resolvidos para que a gente possa dar passos adiante, problemas que não podem esperar e não podem ser varridos para debaixo do tapete, como a assimetria dos preços, a questão da abertura de mercado, da conta covid, e da conta de escassez hídrica, que criaram uma grande distorção no setor, em especial de distribuição no Brasil”, explicou.