A recuperação do ritmo de moagem do Centro-Sul desencadeou correções de preço, conforme discutido na nossa última Análise do Relatório da UNICA (lançado em 25 de maio).
Os três contratos de vencimento mais próximo, julho, outubro e março 24 caíram 66, 61 e 51 pts, respectivamente, durante a sessão.
Na sexta-feira (26), a tendência de baixa cedeu um pouco, permitindo que os preços recuperassem +2,34%.
Em novo relatório sobre o mercado de açúcar, a hEDGEpoint Global Markets explica que, se os especuladores decidirem esquecer os fundamentos de longo prazo e focar na disponibilidade de curto prazo, a tendência baixista pode ganhar outro fôlego, caso contrário, 24,8 USc/lb pode ser visto como suporte de curto prazo.
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“É claro que os resultados do Centro-Sul brasileiro não resolvem o aperto físico no longo prazo, mas podem induzir a volatilidade no curto prazo, especialmente se as usinas maximizarem sua operação enquanto esperam por possíveis chuvas de inverno. Isso significa que a leve tendência de baixa pode durar até que a precipitação aumente na região ou a deterioração da safra do Hemisfério Norte volte a ser destaque, o que pode acontecer apenas quando nos aproximamos de seu período inicial”, explica Lívea Coda, analista de Açúcar e Etanol da hEDGEpoint Global Markets.
Os fundamentos não mudaram, o que significa que o mercado físico ainda está apertado – com um novo fôlego, mas apertado. Enquanto isso, alguns movimentos interessantes estão acontecendo do outro lado do globo.
Enquanto o mercado está focado no ritmo brasileiro, é importante também trazer à tona o comportamento recente das importações da China.
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“Claro que a paridade de importação continua bastante fechada, mas os preços domésticos seguiram a tendência internacional, levando a uma maior paridade de importação. Não achamos que o mercado cairá para esse nível tão cedo, mas um forte suporte seria encontrado em 20,8 USc/lb – impensável no passado recente. Isso tem levado a importações cada vez menores do país mesmo em um ano de produção restrita”, diz a analista.
O equilíbrio apertado de seu balanço e os altos preços internos criam oportunidades para outros produtos, como o xarope. Enquanto as importações do açúcar caíram 13% em 22/23, as de xarope subiram 15%, representando 410kt e +87kt, respectivamente. No final, as importações líquidas caíram 323kt, ou 8,5% em relação ao ano passado. Desconsiderando o HFCS, a análise já sugere que o país está buscando alternativas.
“Não apenas isso, mas os resultados industriais e de varejo da China em abril ficaram abaixo das previsões, sugerindo uma desaceleração na recuperação do país – adicionando um limite às expectativas de recuperação das importações e tornando o fluxo comercial de curto prazo um pouco mais confortável”, finaliza a analista.