São Paulo, que responde por 60,7% da área total de cana-de-açúcar para indústria no Brasil, deve perder participação para 54,9% em 2015/2016. Além da alta disponibilidade de terras, nas outras regiões ela é mais barata. Torquato avalia que o crescimento da fronteira canavieira, principalmente para o Centro-Oeste, para melhorar a logística de escoamento da produção. Exemplo disso seria a possível construção pela Transpetro de dutos que interligariam Senador Canedo (GO) a Paulínia (SP) até os portos de Santos (SP), São Vicente (SP) ou ainda o terminal de Guararema (SP).
Para atender à crescente demanda por etanol, a produção anual de São Paulo, que é atualmente o maior produtor e consumidor desse combustível, deverá ter um acréscimo de 71,5% nos próximos dez anos, informa o pesquisador do IEA. Por fim, Torquato aconselha que a liderança do Brasil como principal fornecedor de biocombustíveis precisa de planejamento da produção no longo prazo, de políticas públicas de regulação do abastecimento interno e das exportações e da consolidação do mercado futuro por meio da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F). (Agência Estado)