As restrições impostas pela Lei de Zoneamento Agroecológico da Cana-de-açúcar, criada em 2009, volta a ser tema de discussão entre produtores e representantes do governo. A proibição da expansão dos canaviais nas bacias Amazônica, do Pantanal e do Alto Paraguai, comprometem aproximadamente 83% das áreas de cultivo somente em Mato Grosso, de acordo com o setor produtivo rural.
Para o diretor executivo do Sindicato das Industrias sucroalcooleira (Sindalcool), Jorge dos Santos, a retomada das negociações com o governo federal deixam os produtores otimistas quanto ao futuro da produção do biocombustível. Na semana passada, segundo Santos, representantes do governo admitiram que não houve embasamentos científicos para a região Centro-Oeste. “Os estudos ocorreram somente nas regiões Sudeste e Nordeste do país.
A expectativa é o que o decreto seja extinguido”. O ex-ministro da agricultura, deputado federal Reinhold Stephanes (PSD/PR) disse, em entrevista ao Agrodebate, afirma que defende as mudanças no Zoneamento. Ele acredita que não há problemas para plantar em Mato Grosso. “O plantio da cana pode continuar ocorrendo de forma sustentável”. O deputado explica que, na época em que comandava o Ministério de Agricultura foi voto vencido na discussão sobre o Zoneamento. “Foi uma questão política”, afirma.
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