A Zilor Energia e Alimentos conquistou bons resultados nos nove meses da safra 20/21, conforme relatório divulgado nesta semana. A Receita Líquida da companhia atingiu R$ 1,9 bilhão o que representa 22% acima do reportado no mesmo período do ano anterior.
A empresa manteve uma constância e evolução na geração de caixa, com aumento de 32% em relação aos 9M20, atingindo R$ 673 milhões de EBITDA Ajustado nos nove meses da safra, e margem de 36%.
No acumulado de nove meses da safra 20/21 o volume de vendas de açúcar foi superior em 54,2% na comparação com os 9M20, com aumento da demanda, principalmente, no mercado externo, somada a preços mais altos de comercialização. Já a receita de etanol somou R$ 614,0 milhões, queda de 13,2% nos 9M21 em comparação aos 9M20.
As fixações de preços de açúcar para a safra 20/21 totalizaram 264,1 mil toneladas ao preço médio de R$ 1.281/ton, representando 99% da exposição para o período, próximo a totalidade, fixados a preços remunerados. Já para a safra 2021/22, as fixações de preços do alimento somaram 237,4 mil toneladas ao preço médio de R$ 1.409/ton, representando 85% da exposição da empresa para o período.
A receita também foi fortalecida pelos resultados da unidade Biorigin, que totalizou 571,8 milhões, 61,2% superior aos 9M20. Como também, pelas negociações de créditos de carbono (CBIOs). No período, a companhia emitiu 371.945 CBIOs e comercializou, através da Cooperativa na qual a Zilor é membro, 325.826 títulos de CBIO, que resultaram em uma receita líquida de aproximadamente R$ 13,0 milhões.
Com isso, conseguiu Lucro Líquido de R$ 416 milhões nos 9M21, reflexo da combinação de melhoria operacional e rígida gestão de custos/despesas e também impactado positivamente pelo recebimento de precatório.
Já a Dívida Líquida foi reduzida em 11% na comparação de 12 meses atingindo R$ 1,6 bilhão em Dez/20 e a alavancagem da companhia, medida pelo indicador Dívida Líquida/EBITDA Ajustado, foi reduzida para 2,2x em Dez/20 ante 3,6x em Dez/19.
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Dentro do processo de alongamento da dívida iniciado em 2019, como evento subsequente, a companhia emitiu Debêntures de Infraestrutura em janeiro de 2021 captando R$ 202 milhões, com prazo de vencimento em cinco anos, marcando sua presença no mercado de capitais.
A Zilor processou 10.014,5 mil toneladas de cana, volume 7,5% inferior ao mesmo período do ano anterior, em razão da menor produtividade causada pelo clima mais seco. A moagem de cana própria, que representa 27,3% da moagem total dos nove meses da safra 20/21, acumulou um aumento de 20,7% em relação à safra anterior e, a moagem de terceiros, uma redução de 15,0%.
De acordo com a empresa, o aumento da moagem própria ocorreu em razão da realização de colheita própria na região de Lençóis Paulista – SP, absorvendo, dessa forma, a moagem de terceiros que, por sua vez, também foi impactada pelo clima seco no trimestre. Já na região de Quatá – SP, que teve oscilações na produção em alguns meses da safra 20/21, apresentou recuperação de cana própria ao longo do ano, compensando, parcialmente, a redução de volume de moagem da região.
No período, mesmo com a redução de 1,2% na produtividade, a concentração de sacarose na cana apresentou incremento de 2,3%, atingindo ATR de 140,6 kg/ton. A região de Quatá – SP apresentou importante evolução na produtividade, com incremento de 12,5%, atingindo TCH de 62,9, e ATR de 137,8 kg/ton, praticamente alinhado em relação aos 9M20. A maior produtividade da região é resultado dos investimentos na produção de cana própria direcionados ao ganho de produtividade agrícola.
Nos 9M21 a produtividade de Lençóis Paulista – SP foi 5,1% inferior aos 9M20 em função do clima mais seco que, por sua vez, beneficiou o ATR da região e registrou 141,7 kg/ton, incremento de 3,1% em relação ao mesmo período da temporada anterior, compensando parcialmente a menor produtividade da região.
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No acumulado de nove meses do ano do ciclo 20/21, a produção de açúcar teve um incremento de 9,6% em comparação com o mesmo período da safra passada, registrando 638,1 mil/ton de açúcar produzida. Nos 9M21 houve aumento da participação do etanol com sua produção representando 54% do total versus 60% nos 9M20.
Já a energia exportada apresentou redução de 3,9%, totalizando 490,9 mil MWh de energia elétrica exportada. Segundo a Zilor, a energia produzida com o bagaço da cana abastece 100% das unidades produtivas e o excedente é vendido ao mercado por meio de leilões e contratos com distribuidores de energia elétrica, onde 99% do volume produzido está contratado ao preço médio de R$ 217,9/MWh no 3T21 e R$ 210,6/MWh nos 9M21.
“Seguimos comprometidos com a eficiência e a melhoria operacional alinhada à disciplina na gestão de custos e despesas para a entrega de resultados consistentes e geração de valor aos acionistas e stakeholders”, conclui o diretor-presidente da Zilor, Fabiano Zillo.