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Zilor já fixou 259 mil toneladas de açúcar na safra 2023/24

Companhia registrou receita líquida de R$ 912,3 milhões no 3T22 da safra 2021/22

Zilor já fixou 259 mil toneladas de açúcar na safra 2023/24

O Grupo Zilor anunciou nesta quarta-feira (23), o resultado do terceiro trimestre (3T22) e nove meses (9M22) da safra 2021/22. A companhia somou receita líquida consolidada de R$ 912,3 milhões no 3T22, incremento de 33,1% em relação ao 3T21. Nos 9M22 registrou R$ 2.485,3 milhões, 32,2% superior aos 9M21

A receita líquida de açúcar e etanol somou R$ 690,6 milhões no 3T22, crescimento de 54,6% em relação ao 3T21; nos 9M22 foi de R$ 1.846,6 milhões, 53,8% superior aos 9M21.

O EBITDA ajustado totalizou R$ 279,4 milhões no 3T22, 31,6% superior ao 3T21, com margem de 30,6%. Nos 9M22 foi de R$ 953,5 milhões, 39,0% superior aos 9M21, com margem de 38,4%.

Quanto ao lucro líquido do 3T22, a empresa conseguiu R$ 282,1 milhões versus R$ 150,3 milhões no mesmo período da safra anterior, aumento de 87,7% com margem líquida de 30,9%. Nos 9M22 o lucro líquido foi de R$ 657,7 milhões com margem líquida de 26,5%, aumento de 58,0% em relação aos 9M21.

Já a dívida líquida/EBITDA ajustado fechou dezembro/21 com índice de 1,4x frente 2,2x em dezembro/20, excluindo a consolidação do FIDC1 o índice seria 1,27x.

Segundo o relatório apresentado, a Zilor fixou 237 mil toneladas de açúcar na safra 21/22, 253 mil toneladas na safra 2022/23 e 259 mil toneladas na safra 23/24 a preços médios de R$ 1.409/ton, R$ 1.830/ton e R$ 1.994/ton, respectivamente.

Sobre moagem, no terceiro trimestre da temporada 21/22 (3T22) a companhia processou 1.292,0 mil toneladas de cana, volume 3,7% inferior ao terceiro trimestre da Safra 20/21 (3T21) que, mesmo com o aumento de 20,7% na moagem de terceiros, que representa 77,4% da moagem total, foi impactado pela redução de 43,1% da moagem de cana própria.

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A redução de 59,0% na moagem na região de Quatá/SP no 3T22 em relação ao 3T21, em sua maior parte de cana própria, ocorreu devido ao período mais curto de moagem na região com encerramento da safra em outubro/21, associada a quebra na produção causada por fatores climáticos ocorridos ao longo do ano, como estiagem e geadas ocorridas nos meses de julho e agosto de 2021, que impactaram a produtividade da região.

“Investimentos realizados na recuperação da produtividade, com evolução do pacote tecnológico, contribuíram para manutenção da produtividade mesmo com a redução na moagem. Já em Lençóis Paulista/SP, onde se concentra a moagem de terceiros, houve um aumento de 27,7% na moagem no 3T22 versus o 3T21, em razão de mais dias de moagem na região, com a safra encerrando em novembro/21”, explicou a empresa.

O documento aponta ainda que, nos nove meses acumulados da safra 21/22 (9M22) a moagem de cana atingiu 9.859,1 mil toneladas, volume 1,6% inferior ao mesmo período do ciclo anterior. Impactada pela redução de 3,3% da moagem de terceiros e, compensada parcialmente pelo incremento de 3,0% na moagem de cana própria.

Segundo a empresa, a região de Lençóis Paulista/SP manteve a moagem dos 9M22 em linha com os 9M21, com pequeno incremento de 0,4%, devido ao aumento de produção na cana de fim de safra, associado a mais dias de moagem na região.

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(Divulgação Czarnikow)

Em Quatá/SP, com predominante moagem própria, a moagem foi 6,6% inferior ao mesmo período da temporada anterior, com maior impacto de geadas, menor número de dias de moagem na região, combinado com a severa estiagem ocorrida ao longo do período e menor disponibilidade de cana de terceiros. “A safra foi marcada pela redução do ritmo de moagem, priorizando qualidade e produtividade para atendimento de contratos’, afirma a companhia.

Nos nove meses da safra 2021/22, a produtividade total foi de 72,4 ton/ha, uma redução de 0,5% e concentração de açúcar na cana (ATR) de 142,4 kg/ton, incremento de 1,3%, quando comparados com o mesmo período da safra anterior.

“A queda na produtividade total é consequência de fatores climáticos que afetaram as regiões, como as geadas ocorridas em julho e agosto de 2021 e a severa estiagem enfrentada durante a Safra 21/22, acarretando em quebra da safra com redução do TCH de Lençóis Paulista de 0,9% e com ligeiro incremento de 0,4% em Quatá comparados com o mesmo período da Safra 20/21. Em contrapartida, a seca no período contribuiu para maior concentração de açúcar na cana (ATR) com incremento de 1,1% em Lençóis Paulista (143,2 kg/ton) e de 2,8% em Quatá (141,6 kg/ton)”, conclui a Zilor.

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