A Zilor Energia e Alimentos, foi ao mercado de capitais e concluiu com sucesso a emissão de debêntures incentivadas, na ordem de R$ 300 milhões, como estratégia de alongamento de dívidas. O valor será investido na manutenção das lavouras de cana-de-açúcar da companhia com foco na produção de etanol.
A emissão pública, realizada por sua subsidiária Açucareira Quatá, teve o Itaú BBA como coordenador líder e registro automático, pela resolução CVM 160. Com isso, o prazo médio das dívidas da Zilor subirá de 3,4 anos para 4,1 anos. Os novos recursos representam agora 10% da dívida total da companhia.
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Segundo Marcos Arruda, diretor financeiro da Zilor, a empresa optou por uma emissão de debênture pela “rapidez” do processo em relação a outras operações, como uma emissão de Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA), por exemplo.
A Zilor está encerrando a safra 2023/24 com vários recordes industriais, entre eles o de moagem de cana-de-açúcar, que alcançou 11,4 milhões de toneladas, 8% acima da temporada anterior. Apenas na primeira metade da safra, a receita líquida cresceu 3% na comparação anual, para R$ 1,7 bilhão, e o lucro líquido mais do que dobrou, para R$ 436 milhões.
No balanço do segundo trimestre, a Zilor informou que estava “sempre avaliando oportunidades de financiamento de longo prazo e com condições atrativas para financiamento de seus negócios e projetos”.
Nos últimos anos, a companhia vinha focada na redução de sua alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda), que no fim do segundo trimestre da safra chegou a 1,68 vez, abaixo do patamar de um ano antes.
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Mas o esforço para reduzir a alavancagem foi interrompido com a decisão da Zilor de investir na expansão da capacidade de cogeração de energia das usinas São José, em Macatuba – SP e Barra Grande, em Lençóis Paulista -SP.
A expansão da planta de cogeração da Usina São José foi concluída em abril do ano passado.
Já a ampliação da unidade de cogeração da Usina Barra Grande, deve ser concluída em abril deste ano. A companhia investiu R$ 422,7 milhões nos projetos de cogeração desde o início da safra até o fim do segundo trimestre.